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Covas derrota todos os rivais em simulações de segundo turno, aponta Datafolha

Veja resultado de pesquisa para Prefeitura de SP que Russomanno tentou censurar

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São Paulo

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas, é favorito em todas as simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha.

Contra Guilherme Boulos (PSOL), Covas registra 56%, ante 30% do adversário. Para 12%, o voto em branco ou nulo é melhor opção. Quando o cenário foi simulado em 3 e 4 de novembro, os índices eram semelhantes, 54% a 32%.

Na disputa entre o prefeito e o deputado Celso Russomanno (Republicanos), Covas leva a melhor a esta altura com 59%, ante 25%. Votam branco ou nulo 15%.

Na rodada anterior, o índice era de 57% a 27%, mas, como na disputa geral, houve uma inversão de curva: em 21 e 22 de setembro, Russomanno tinha 46% e Covas, 40%.

Já se os adversários no segundo turno forem Covas e o ex-governador Márcio França (PSB), houve uma mudança mais significativa em relação à pesquisa anterior.

O tucano ampliou sua pontuação de 48% para 53%, tecnicamente dentro da margem de erro, mas com indicação de alta.

O pessebista viu sua intenção ir de 39% para 34%, na mesma proporção. Votam nulo ou branco 11%.

Essa diferença vai contra a avaliação de integrantes do PSDB de que França seria um adversário mais perigoso no segundo turno, assim como o fato de ele não aparecer como a principal segunda opção de seus rivais diretos.

Por outro lado, avaliam tucanos, ele teria mais facilidade em estabelecer um diálogo com eleitores mais suscetíveis à polarização à esquerda ou à direita.

A divulgação do levantamento chegou a ser censurada, a pedido da campanha de Russomanno, pelo juiz eleitoral Marco Antonio Martin Vargas.

Após mandado de segurança do Datafolha no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de SP, a publicação foi autorizada na noite desta quarta (11) pelo juiz Afonso Celso da Silva.

O Datafolha ouviu 1.512 eleitores nos dias 9 e 10, e a margem de erro é de três pontos percentuais. Encomendado pela Rede Globo e pela Folha, a pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral com o número SP-05584/2020.

Ao autorizar a publicação da pesquisa, o juiz do TRE-SP Afonso Celso da Silva citou argumento do ministro do TSE Sergio Silveira Banhos, segundo o qual “a Justiça Eleitoral, em regra, busca privilegiar o exercício das liberdades fundamentais, atuando no controle do conteúdo dos quesitos de pesquisas apenas em situações excepcionais de manifesta abusividade”.

O magistrado afirma ainda que “tratando-se de institutos consagrados, como são o Ibope, o Datafolha e o
Voxpopuli, conforme reconheceu o próprio Supremo Tribunal Federal em voto do ministro Marco Aurélio, eventuais consequências podem ser buscadas no campo patrimonial e penal, sem que se possa tisnar os importantes princípios constitucionais em jogo no caso dos autos”.

Na decisão, o juiz Afonso Celso da Silva determinou que a publicação fosse acompanhada do esclarecimento abaixo: "A presente pesquisa se encontra impugnada na Justiça Eleitoral em virtude da alegada ausência, em seus resultados, da consideração do nível econômico dos entrevistados, bem como pela divisão do grau de instrução destes, no plano amostral, ter sido em duas categorias (nível fundamental e médio - 67%; nível superior -33%)."

Pelos resultados da pesquisa, no levantamento para o primeiro turno Covas manteve sua curva ascendente registrada na rodada anterior, nos dias 3 e 4. Subiu de 28% para 32% das intenções.

A segunda colocação está dividida entre Boulos, que oscilou de 14% para 16%, Russomanno (16% para 14%) e França (13% para 12%).

No dia da eleição, a Justiça Eleitoral só contabiliza os votos válidos, excluindo assim os brancos e nulos da contagem final. Por esse critério, Covas está com 36% das intenções de voto, o que deverá animar os estrategistas tucanos.

Em 2016, no mesmo ponto da eleição, João Doria (PSDB) tinha 35% dos válidos (e 30% dos totais), e acabou eleito no primeiro turno –quando o candidato precisa de 50% mais um voto para vencer.

Agora, Boulos fica com 17% dos válidos, enquanto em 2016 o mesmo Russomanno tinha 26% deles a esta altura.

O deputado, que é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, agora tem 15% dos válidos (Marta Suplicy, no pleito no MDB, tinha 17%) e França, 13%, o mesmo que o então prefeito Fernando Haddad (PT).

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