Descrição de chapéu Eleições 2020

Sem provas, Bolsonaro volta a questionar segurança da urna eletrônica

Presidente voltou a defender o voto impresso após votar no Rio

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Rio de Janeiro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a sugerir neste domingo (29), sem provas, que o voto eletrônico no país não é confiável. Ele votou na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, zona oeste do Rio, por volta das 10h40.

O presidente Jair Bolsonaro, depois de votar no Rio de Janeiro
O presidente Jair Bolsonaro, depois de votar no Rio de Janeiro - Pilar Olivares/Pilar Pilar Olivares

Bolsonaro ficou por cerca de 15 minutos no interior do colégio e, na saída, falou cerca de meia hora com a imprensa. Ele defendeu o voto impresso e disse que tem conversado com lideranças do Congresso sobre o tema, acrescentando que essas mudanças dependem somente do Executivo e do Legislativo. Bolsonaro também disse que a apuração dos votos tem que ser pública.

A minha eleição em 2018 só entendo que fui eleito porque tive muito, mas muito voto. Tinha reclamações que o cara queria votar no 17 e não conseguia. O que aconteceu em muitas sessões. Vão querer que eu prove. É sempre assim. O cara botava um pingo de cola na tecla 7, um tipo de adulteração”, afirmou, sem apresentar provas para a acusação de fraude.

Ele também disse que pediu oficialmente a relação de todas as seções eleitorais e respectivas votações. Afirmou que, no caso de indício de irregularidades, em qualquer área, repassa a informação ao chefe da Polícia Federal.

O presidente disse, ainda, que houve “muita fraude” nas eleições dos Estados Unidos, onde o voto é impresso. Questionado, afirmou que vai aguardar mais um pouco pra reconhecer a vitória do presidente eleito, o democrata Joe Biden.

“Tenho minhas fontes [que dizem] que realmente teve muita fraude lá. Isso ninguém discute. Se foi suficiente para definir um ou outro, eu não sei.”

Depois de comparar em pronunciamento oficial a Covid-19 com uma gripezinha, o presidente também voltou a afirmar que nunca fez essa comparação. Bolsonaro disse que a imprensa distorceu sua fala, e que afirmou, na verdade, que a Covid seria uma gripezinha para ele, e não para todos. “Falei que era para mim. Para mim, pelo meu passado atlético, pela vida que levo, não passará de uma gripezinha. Vocês deturparam, para variar."

Ainda sobre a pandemia, Bolsonaro afirmou que foi no meio do povo sem máscara e que é “um general na frente da batalha com o povo brasileiro”. Disse que o Brasil não vive uma segunda onda, e que o aumento de casos acontece pela circulação das pessoas que antes estavam isoladas em casa.

“Se fechar tudo novamente não sei como podemos reagir. O auxílio não foi dinheiro que estava no cofre, foi endividamento. O Brasil aguenta outra dessa?”, disse. Bolsonaro também voltou a defender o uso da cloroquina, cuja eficácia já foi descartada por diversos estudos. “Quem critica apresente uma alternativa, é simples.”

De máscara, o presidente chegou acompanhado por seguranças, conversou e tirou fotos com cerca de 20 apoiadores que o aguardavam no local de votação.

O apoio de Bolsonaro ao prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) não foi o bastante para alavancar sua candidatura, conforme indicam as pesquisas eleitorais. Na véspera do segundo turno, segundo o Datafolha, Crivella tinha 32% dos votos válidos, contra 68% de seu adversário, o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM).

Neste domingo, Bolsonaro sugeriu que a relação com Paes, se eleito, será normal. "Você nunca encontrou alguém que não conseguiu falar comigo, que não foi atendido.

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