Descrição de chapéu assembleia legislativa

Com vácuo de Kassab, Cauê Macris assume Casa Civil de Doria após deixar comando da Assembleia de SP

Tucano ocupará posto que chegou a ser reservado por quase dois anos ao ex-prefeito e presidente do PSD

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São Paulo

O deputado estadual tucano Cauê Macris, que presidiu a Assembleia Legislativa de São Paulo nos últimos quatro anos, assumirá a Casa Civil do governo João Doria (PSDB).

O espaço chegou a ser reservado por Doria para Gilberto Kassab, ex-ministro, ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, que ficou quase dois anos licenciado e acabou se desligando oficialmente da gestão tucana no final do ano passado.

Nas últimas semanas, aliados de Cauê também se movimentaram para que ele seja incluído na chapa ao Governo de São Paulo em 2022, como possível candidato a vice de Rodrigo Garcia (DEM) —atual vice de Doria. Isso se Doria mantiver seu plano nacional e não disputar a reeleição, como já admite.

Em 2018, então ministro das Comunicações de Temer, Kassab foi uma das estrelas do secretariado montado por Doria no final daquele ano.

Uma operação da Polícia Federal no dia 18 de dezembro, porém, acabou frustrando os planos. Kassab foi acusado de ter recebido ao menos R$ 23 milhões do frigorífico JBS de 2010 a 2016, baseado na delação dos irmãos Batista, controladores da empresa.

Eleito com discurso anticorrupção, Doria acabou mantendo Kassab licenciado do cargo na Casa Civil, situação que perdurou por quase dois anos. Sua ligação com a pasta, porém, se manteve estreita, com a presença de seu aliado Antônio Carlos Rizeque Malufe.

O sucessor de Cauê no comando da Assembleia será Carlão Pignatari (PSDB), eleito nesta segunda-feira para comandar a Casa, com 65 votos entre 94 deputados –resultado já esperado e que consolida o domínio dos tucanos na Casa.

Carlão foi líder do governo nos últimos dois anos, quando atuou para aprovar projetos estratégicos ao Palácio dos Bandeirantes, como a reforma da Previdência, a extinção de estatais e o ajuste fiscal (o polêmico PL 529, que provocou aumento de ICMS).

Sua eleição, já prevista em acordo entre os partidos inclusive com a participação do PT, garante ao PSDB mais dois anos no comando da Assembleia. Desde 2007, os presidentes da Casa são tucanos e, desde 1995, ainda que com breves intervalos, o partido governa o estado. A hegemonia é criticada por opositores, que veem submissão do Legislativo ao Executivo.

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