Panelaços em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro voltaram a acontecer na noite desta quarta-feira (3) em algumas cidades do país, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília.
O dia foi marcado pela número histórico de 1.840 mortes por Covid registradas em 24 horas pelo país, o maior desde o início da pandemia da Covid-19.
A gestão da crise sanitária é uma das principais críticas feitas ao governo e já motivou pedidos de impeachment.
Na capital paulista, houve esse tipo de protesto em bairros como Santa Cecília e Consolação (região central) e Pinheiros e Barra Funda (zona oeste) —mas, de modo geral, menos intensos do que em panelaços anteriores.
Nas imediações do edifício Copan, no centro, houve gritos de "fora", "facínora" e "assassino".
Na Asa Norte, no Distrito Federal, também houve gritos pelo afastamento do presidente.
Os panelaços, marcados pelas redes sociais, tinham sido articulados diante da possibilidade de o presidente se pronunciar em cadeia de rádio e TV nesta noite, o que acabou não acontecendo. Mesmo assim, foram mantidos.
Desde o começo da crise do coronavírus, há um ano, esse tipo de protesto contra o presidente se disseminou, principalmente em ocasiões em que ele fez pronunciamentos. Nos últimos meses, opositores também têm promovido carreatas em grandes cidades para pedir o afastamento de Bolsonaro.
O início do processo de impeachment depende do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que se elegeu para o posto há um mês com o apoio de Bolsonaro.
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