Bolsonaro tem sonda retirada, iniciará alimentação e apresenta melhora, diz novo boletim

Não se confirmou até agora a necessidade de cirurgia do presidente, internado com obstrução intestinal

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São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) teve retirada a sonda nasogástrica que estava usando por causa de uma obstrução intestinal, informou na noite desta quinta-feira (15) o hospital Vila Nova Star, onde ele deu entrada por volta das 19h30 desta quarta-feira (14).

Em nota à imprensa, o hospital afirmou que Bolsonaro mantém “evolução clínica satisfatória”.

“Desta forma, foi retirada a sonda nasogástrica e planeja-se o início da alimentação para amanhã [sexta-feira]”, diz a nota.

O médico Antônio Macedo, que cuida do presidente, afirmou à Folha que inicialmente o paciente receberá alimentação líquida, o que é necessário na fase de retomada da atividade digestiva. Posteriormente, ele passará a receber alimentos pastosos e, finalmente, sólidos.

Não se confirmou até agora a necessidade de cirurgia —a avaliação em São Paulo tinha como objetivo inicial verificar se uma operação teria que ser feita.

A nota, assinada pelo médico-cirurgião Antônio Macedo e por mais quatro médicos responsáveis pelo tratamento do presidente, não informa quanto tempo vai durar a internação e reafirma não haver ainda previsão de alta.

Na tarde desta quinta, o hospital emitiu comunicado informando que o quadro do presidente vinha “evoluindo de forma satisfatória clínico e laboratorialmente” e que permanecia “o planejamento terapêutico previamente estabelecido”.

O presidente Jair Bolsonaro em imagem divulgada por ele em suas redes sociais nesta quarta-feira (14)
O presidente Jair Bolsonaro em imagem divulgada por ele em suas redes sociais nesta quarta-feira (14) - Facebook @jairbolsonaro

No início da noite, em entrevista ao vivo ao programa do apresentador Sikêra Júnior, na RedeTV!, Bolsonaro disse que deve ter alta nesta sexta-feira (16) e que as funções intestinais estão se recuperando apenas com o tratamento terapêutico, sem a necessidade de cirurgia.

"Dada a facada que eu recebi e quatro cirurgias, essa obstrução [intestinal] é sempre um risco muito alto. Mas, graças a Deus, de ontem para hoje, evoluiu bastante esse quadro. Então, a chance de cirurgia está bastante afastada", disse o presidente.

Antônio Macedo estava ao lado do paciente durante a conversa e confirmou a melhora. À Folha, depois da entrevista na TV, Macedo disse que, diferentemente do que havia anunciado Bolsonaro, a alta não está prevista para esta sexta.

"A cirurgia, a princípio, está afastada, uma vez que o intestino começou a funcionar e o abdome está mais flácido e mais funcionante", disse Macedo ao programa da RedeTV!.

O médico afirmou ainda que a sonda gástrica que Bolsonaro está usando deve ser retirada, mas que o mandatário terá que seguir uma dieta líquida.

"O presidente hoje [quinta-feira] melhorou. Ele ainda está de sonda gástrica, nós estamos estudando a retirada da sonda porque os barulhos do abdome são bons, os ruídos são bons", afirmou.

"E aquela área obstruída do lado esquerdo [do abdome], fruto de aderências decorrentes de toda essa complicação que ele teve, já esta mais palpável, pode permitir a retirada da sonda gástrica, ainda garantindo dieta líquida”, explicou o especialista.

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