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PT critica Folha e aponta cumplicidade do jornal com Lava Jato na perseguição a Lula

Partido contesta texto no qual jornal mostra como estão alguns casos relacionados ao ex-presidente na Justiça

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São Paulo

O PT divulgou nota nesta segunda-feira (23) para contestar texto publicado um dia antes pela Folha no qual aponta como estão alguns casos relacionados ao ex-presidente Lula na Justiça.

A reportagem citou os casos do tríplex de Guarujá e do sítio de Atibaia, por exemplo, apontando exemplos de processos arquivados ou trancados, que voltaram à estaca zero ao mudarem de local de tramitação, que tiveram denúncia rejeitada ou que ainda seguem no curso normal de tramitação.

Neste final de semana, a juíza Pollyanna Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, da 12ª Vara Federal Criminal de Brasília, rejeitou denúncia reapresentada pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o ex-presidente no caso do sítio de Atibaia (SP), fruto da Operação Lava Jato.

Ela também refutou a denúncia contra todos os demais envolvidos no caso que havia tramitado na 13ª Vara Federal de Curitiba, então sob o comando de Sergio Moro. Cabe recurso.

Segundo o PT, a Folha "publicou um longo texto que engana os leitores, ao apresentar como processos em aberto as decisões judiciais definitivas que inocentaram o ex-presidente Lula de falsas acusações".

Para o “Tribunal da Folha”, diz o partido, "as acusações rejeitadas em diversas instâncias e até no Supremo Tribunal Federal, permanecem de pé, enquanto as sentenças de absolvição, todas elas transitadas em julgado, são colocadas em dúvida".

"É um tribunal de exceção, até porque a Folha não ouviu a defesa de Lula", afirma a nota do PT.

"Trata-se de um dos mais graves ataques à verdade, ao ex-presidente e ao próprio Poder Judiciário, por parte de um jornal que, a exemplo de seus pares, não quer admitir que nunca houve fundamento nas denúncias que reproduziram em coro nos últimos anos."

"A irresignação da Folha e de seus pares na mídia reflete sua cumplicidade com a Lava Jato na perseguição a Lula. Mas ao contrário do que dizem, a inocência de Lula foi recuperada em 17 decisões judiciais inapeláveis", completa o partido.

Em março de 2021, o STF (Supremo Tribunal Federal) declarou a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e definiu o Distrito Federal como foro para o trâmite das principais ações penais contra o ex-presidente que estavam em Curitiba.

Desde o julgamento da suprema corte, Lula vem colhendo decisões que ajudam a reabilitá-lo na política. O petista está apto a disputar a eleição para presidente em 2022, por exemplo.

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