Descrição de chapéu Folhajus Eleições 2022

Testes de urnas eletrônicas não identificam risco para eleição, diz Barroso

Ministro afirma que foram identificadas cinco falhas, mas nenhuma com potencial de atingir sistema de votação

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Brasília

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (29) que os testes de segurança realizados nas urnas eletrônicas não identificaram nenhuma vulnerabilidade que coloque em risco a lisura do sistema de votação.

No entanto, o magistrado disse que foram encontradas cinco falhas que serão corrigidas até as eleições de 2022 e que não têm potencial para alterar o resultado do pleito e o voto dos eleitores.

O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso - Abdias Pinheiro - 4.out.2021/Secom/TSE

Os testes tiveram início na última segunda-feira (22). Ao todo, 26 investigadores colocaram em prática 29 planos de ataques para avaliar a segurança dos equipamentos.

Barroso afirmou que o ataque que despertou maior preocupação foi realizado por peritos da Polícia Federal.

"Eles conseguiram entrar dentro da rede do TSE, mas não conseguem chegar no sistema de votação. Ou seja, é um ataque importante que temos que encontrar mecanismos de bloquear, mas não é grave porque só consideramos grave o que tem a potencialidade de alterar o voto do eleitor. E nenhum teve essa potencialidade", disse.

De acordo com o ministro, "nenhum dos ataques conseguiu ser bem-sucedido relativamente ao software da urna" e ninguém "conseguiu invadir o sistema e oferecer risco para o resultado das eleições".

Outra falha identificada foi no fone de ouvido da urna, que é usado para pessoas com deficiência visual. Os invasores conseguiram, com um equipamento bluetooth, transmitir para outra pessoa o que estava sendo dito na cabine de votação.

O presidente da corte classificou os participantes dos testes como "hackers do bem" e disse que o objetivo é "aprimorar os sistemas mediante ataques de pessoas físicas". Ele ainda comemorou o fato de ninguém ter conseguido violar o sistema a ponto de alterar o voto inserido pelo eleitor na urna eletrônica.

Os testes ocorrem desde 2009. A prova de que o sistema não foi invadido é mais um elemento usado pelo TSE para rebater as afirmações do presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados de que a urna eletrônica é passível de adulteração.

As insinuações do chefe do Executivo geraram inclusive a abertura de um inquérito no TSE. A corte sempre afirma que os equipamentos são seguros. Bolsonaro, por sua vez, já mentiu sobre as urnas em diversas oportunidades.

Nos últimos meses, porém, após a proposta que instituía o voto impresso no Brasil ter sido derrotada no Congresso, o presidente mudou de discurso. Ele tem dito que o sistema passou a ser confiável porque as Forças Armadas foram convidadas a participar de uma comissão que acompanhará o pleito.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.