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Moraes cobra Ministério da Justiça sobre extradição de Allan dos Santos

Ministro do STF determinou que pasta do governo Bolsonaro se manifeste em até 5 dias

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Brasília

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (14) ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que forneça em até cinco dias informações acerca do processo de extradição do influenciador bolsonarista Allan dos Santos.

Alvo de apurações que tramitam na corte sobre fake news e ataques às instituições, Allan é considerado foragido pela polícia. Está nos Estados Unidos desde 2020.

O influenciador bolsonarista Allan dos Santos é considerado foragido pela polícia - Roque de Sá/Agência Senado

Em outubro do ano passado, Moraes determinou a prisão do influenciador, pediu sua extradição e a inclusão de seu nome na difusão vermelha da Interpol, o canal de foragidos da polícia internacional —o que até o momento não ocorreu, como mostrou a Folha.

Moraes quer saber quais foram as medidas adotadas no âmbito do Ministério da Justiça para a efetivação do pedido de extradição junto ao governo dos EUA.

A cobrança do magistrado é endereçada à Secretaria Nacional de Justiça, área do Ministério da Justiça comandada por José Vicente Santini, amigo da família Bolsonaro .

Subordinado a Santini, o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional) é o órgão do governo brasileiro encarregado de cuidar de diversas questões que envolvem acordos de cooperação internacional, como extradições ativas e passivas.

Nos últimos dois anos, Allan vem driblando restrições impostas por Moraes no âmbito dos inquéritos que miram aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL). Tem como estratégia abrir perfis em diferentes plataformas e, quando são boqueados, parte rumo a outros.

No mês passado, Moraes ameaçou bloquear o Telegram pelo prazo inicial de 48 horas, além de aplicar multa ao aplicativo de mensagens sediado em Dubai (Emirados Árabes), caso não fossem suspensos três perfis ligados a Allan no serviço de mensagens.

Em decisão inédita, após ignorar outras decisões e tentativas de contato por parte de integrantes do Judiciário e do Ministério Público Federal que atuam no combate à desinformação eleitoral, a plataforma bloqueou os canais.

Na data do bloqueio, porém, o influenciador já alardeava a seus seguidores existência de um outro perfil no mesmo Telegram. Atualmente, está com quase 30 mil inscritos.

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