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TRF-3 aciona PF após ataque hacker e suspende prazos processuais

Tribunal afirma que não houve acesso a dados armazenados e a sistema de processo eletrônico

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Brasília

O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) foi alvo de um ataque cibernético nesta quarta-feira (30) que derrubou seu site e inviabilizou o atendimento à população.

Em nota, o tribunal, que representa a 2ª instância federal em São Paulo e Mato Grosso do Sul, informou que não houve comprometimento de dados armazenados nos sistemas, como processos e documentos, e que diligências feitas pela Secretaria de Tecnologia e Informação do órgão identificaram o ataque.

A PF (Polícia Federal) também foi acionada, instaurou inquérito e uma equipe especializada em crimes cibernéticos esteve no local para iniciar a apuração.

Sede do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em São Paulo
Sede do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), em São Paulo - Divulgação

Segundo o TRF-3, não há previsão de tempo para o reestabelecimento dos serviços e os técnicos trabalham na restauração progressiva da infraestrutura tecnológica utilizada pelo tribunal.

Embora até o momento os técnicos não tenham encontrado indícios de acesso dos hackers aos bancos de dados dos processos eletrônicos, por exemplo, o TRF-3 deve suspender os prazos processuais até o retorno das funcionalidades do site.

Após o ataque, a desembargadora federal Marisa Santos, presidente do Conselho da Justiça Federal da 3ª Região, baixou uma portaria em que suspense o atendimento ao público nesta quarta (30) e na quinta (31), autoriza o trabalho presencial nesses dias e determina o funcionamento do plantão judicial para "conhecimento de pedidos, ações, procedimentos e medidas de urgências".

​A desembargadora prorrogou os prazos dos processos físicos e eletrônicos para o próximo dia útil, ou seja, a sexta (1º).

Em janeiro de 2021, o Tribunal já havia sido alvo de ao menos duas tentativas de ataques cibernéticos, que não conseguiram derrubar os sistemas.

O TRF-3 é mais um tribunal alvo de ataques cibernéticos nos últimos anos. Em novembro de 2020, o Superior Tribunal de Justiça foi atacado e seus sistemas ficaram foram do ar por alguns dias.

À época, a corte suspendeu os julgamentos por videoconferência, sessões virtuais destinadas à apreciação de recursos internos e as audiências.

Em maio de 2021 foi a vez do Supremo Tribunal Federal ser atacado. O caso foi investigado pela PF, que em junho do mesmo ano prendeu três pessoas envolvidas no ataque.

Outro alvo foi o Tribunal Superior Eleitoral, que em 2018 teve os sistemas invadidos por um hacker. O caso ainda é investigado pela PF e foi utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro para atacar a segurança das urnas eletrônicas.

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