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Paulinho da Força indica apoio do Solidariedade a Lula já no 1º turno

Presidente do partido se reuniu com Lula e Gleisi Hoffmann em SP nesta terça (19)

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São Paulo

O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, indicou que a legenda deverá apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais em outubro já no primeiro turno.

Após crise gerada por vaias a Paulinho em evento na última quinta-feira (14) com Lula e sindicalistas, que deu origem a debate sobre possível saída do Solidariedade do bloco pró-petista, o deputado federal se reuniu com o ex-presidente e a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), na manhã desta terça (19).

"Hoje selamos nossos compromissos. Vamos fazer o evento da executiva nacional do Solidariedade no próximo dia 3, para definitivamente selar aliança do Solidariedade com Lula. E iremos ao lançamento da candidatura do Lula no dia 7", afirmou Paulinho à imprensa após o encontro.

A presidente do PT, Gleisi Hoffman, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, e o ex-presidente Lula
A presidente do PT, Gleisi Hoffman, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, e o ex-presidente Lula - Reprodução Twitter

"Dentro do que a gente tinha de esperança aqui dessa conversa com Gleisi e Lula foi superado. O Lula realmente quer fazer uma grande aliança para ganhar as eleições no Brasil, ficou muito claro isso", continuou.

Gleisi reforçou que as vaias a Paulinho no evento em São Paulo foram "muito localizadas". "A gente lamenta, não tem absolutamente nada a ver com o PT e com a nossa militância. Queríamos fazer essa reunião para esclarecer isso e para dizer a importância que tem o Paulinho e o Solidariedade estarem juntos nessa frente de partidos que estamos formando", disse.

Na conversa, o ex-presidente Lula alegou que aquele não era um ato do PT, mas das sindicais, e, usando uma expressão popular, recomendou que ele cobrasse dos dirigentes das centrais, citando o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, que participou do encontro desta terça.

Além de sugerir que Paulinho reclamasse com os sindicalistas, Lula disse que Paulinho cumpria um papel importante para ampliação do arco de alianças e pediu que ele permanecesse ao seu lado. E afirmou que no lançamento de sua candidatura ninguém irá vaiar o deputado federal.

Paulinho afirmou ainda que o papel que quer desenvolver na campanha presidencial é o de articular junto a partidos, lideranças e movimentos para ampliar as alianças em torno do petista.

"Tenho feito esse papel. Tinha dado uma parada nesta semana para ver se era realmente isso. Agora, vou continuar fazendo, vou procurar meus companheiros para que a gente possa ampliar a aliança e ganhar a eleição", continuou Paulinho.

Na segunda (18), por exemplo, o presidente do Solidariedade se reuniu com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). Em post nas redes sociais, ele afirmou que Leite havia explicado o "trabalho para ser candidato a presidente da República pela terceira via".

À imprensa, Paulinho afirmou ainda que há várias legendas que "estão na dúvida" sobre apoiar Lula ou não no primeiro turno, e citou lideranças do MDB e do PSD, além do Avante. "É possível conversar com o [Gilberto Kassab], o Baleia [Rossi]. Tem o Avante que acho possível trazer para a aliança", disse.

Ainda de acordo com Paulinho, a conversa teria girado em torno da constatação que as eleições serão definidas entre Lula e Bolsonaro, que o presidente "não está morto" na corrida e que é preciso ampliar ainda mais as alianças pró-Lula. "O presidente é governo. E governo é igual cobra, até morto é perigoso", afirmou.

Segundo Juruna, Lula disse que Paulinho acerta na avaliação ao alertar para o poder da máquina administrativa para a reeleição. Ele lembrou que em 2014, à essa época, Dilma estava em pior situação que o presidente Jair Bolsonaro (PL) —ainda assim conseguiu se reeleger.

Lula, de acordo com Juruna, disse que sabe o peso do governo porque já esteve lá, e mais uma vez, afirmou que a eleição não estava ganha.

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