Carro de Lula escapa de cerco de bolsonaristas em Campinas; veja vídeo

Ex-presidente participava de compromissos na cidade do interior paulista

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São Paulo

O carro em que estava o ex-presidente Lula foi cercado por bolsonaristas na tarde desta quinta-feira (5) na cidade de Campinas, interior de São Paulo.

Usando camisetas da seleção brasileira de futebol e segurando bandeiras do Brasil, o grupo xingou o petista enquanto o veículo em que ele estava tentava passar.

A manifestação ocorreu em frente a um condomínio onde Lula esteve no local para um almoço. O incidente ocorreu no momento em que ele deixava o local.

Questionada se existem planos de aumentar a segurança do petista durante este ano eleitoral, a assessoria de imprensa de Lula afirmou que não comenta a questão de segurança, mas disse que ela já está adequada.

Afirmou também que o ex-presidente cumpriu toda a sua agenda programada e que no fim desta quinta compareceu a um ato com milhares de pessoas na Unicamp. Ainda segundo a assessoria de Lula, ninguém se feriu e nada foi quebrado.

No vídeo é possível ver os manifestantes xingando também a equipe do ex-presidente que estava no local, inclusive com ofensas dirigidas aos seguranças do líder do PT —um deles segurava uma arma.

Nas imagens, o momento mais agitado ocorre quando um dos seguranças de Lula retira uma faixa que estava pendurada em um carro estacionado. Na faixa estava escrito "Lula Lixo". Alguns manifestantes perseguiram o segurança com xingamentos, o que elevou a tensão.

Reportagem da Folha na semana passada mostrou que a polarização eleitoral entre Bolsonaro e Lula e a perspectiva de uma disputa acirrada levaram a Polícia Federal a reforçar o esquema de segurança de candidatos à Presidência para este ano.

Até 2018, a PF fazia a proteção dos candidatos com base em lei e portaria sucinta do Ministério da Justiça, que tratava genericamente da necessidade de a corporação proteger aqueles que disputassem o Palácio do Planalto.

Após o pleito, marcado pela facada a Bolsonaro e ameaças à campanha de Fernando Haddad (PT), a polícia editou instrução normativa específica para a segurança dos candidatos à Presidência com diretrizes que devem ser seguidas pelos agentes e com recomendações claras aos políticos que vão concorrer.

Para esta eleição, a polícia vai fazer uma análise de perigo sobre cada campanha, avaliando os aspectos que envolvem cada presidenciável. A partir disso, a PF vai definir o tipo e o tamanho de equipe que será colocada para cada um, num nível de risco de 1 a 5.

A metodologia que será utilizada prevê critérios objetivos para justificar o número de pessoas envolvidas na segurança de político. Mais de 300 policiais estarão envolvidos no processo.

Outra medida prevista na instrução normativa que foi publicada estipula que os candidatos devem avisar suas agendas com 48 horas de antecedência para que os policiais possam analisar a periculosidade de cada evento e fazer varreduras em determinados locais, se necessário.

Os presidenciáveis devem fazer um "relato circunstanciado de eventuais situações críticas ou relacionadas à campanha eleitoral que ensejam um maior risco ao candidato".

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