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Danilo Cabral minimiza dissidências, exalta PT e diz que vai liderar time de Lula

Pré-candidato do PSB ao Governo de Pernambuco diz em sabatina Folha/UOL que divergências com PT estão superadas

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Salvador

O deputado federal Danilo Cabral (PSB) afirmou nesta quarta-feira (8) que as divergências entre o PT e o PSB de Pernambuco estão superadas, minimizou as dissidências internas e afirmou que irá liderar o palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado.

"Não vou estar aqui disputando narrativas, esse fato já é superado. O próprio Lula já anunciou publicamente que eu serei o candidato dele a governador no estado de Pernambuco", afirmou Cabral em sabatina da Folha e do UOL.

Cabral disputa com a deputada federal Marília Arraes, que trocou o PT pelo Solidariedade para disputar o Governo de Pernambuco, o eleitorado mais identificado com o ex-presidente, que tem alta popularidade no estado. Ambos vão apoiar Lula, mas o petista declarou que irá trabalhar pelo nome de Cabral.

Pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo PSB, Danilo Cabral é sabatinado nesta quarta-feira (8) - Reprodução /UOL

O deputado afirmou que o eleitorado saberá identificar quem é "o time de Lula", destacou a "aliança estratégica" com o PT e a parceria com a deputada estadual petista Teresa Leitão, que será candidata ao Senado em sua chapa.

"A campanha serve para isso, para que a população tome conhecimento. Cada um vai apresentar seu time. O meu time é o time da Frente Popular de Pernambuco e é o time do [ex] presidente Lula."

Aliados em Pernambuco desde 2007, o PT e o PSB tomaram rumos diferentes no estado a partir de 2014 e retomaram a parceria localmente em 2018 e nacionalmente em 2022. Neste período de afastamento, o PSB apoiou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) em 2016.

Danilo Cabral, que foi um dos deputados que votou a favor do afastamento da presidente, classificou o voto contra Dilma como um erro histórico e destacou que o PSB já se retratou sobre o assunto.

"Essa é uma questão completamente superada. O Partido Socialista Brasileiro já externou publicamente que houve, sim, um erro, um equívoco histórico do PSB na condução do processo do impeachment", afirmou.

Ele também minimizou o discurso antipetista adotado pelo candidato João Campos (PSB) no segundo turno da eleição para a Prefeitura do Recife: "Foi uma questão incidental de um período eleitoral. Está superado".

Cabral afirmou que o momento histórico demanda a formação de uma frente ampla contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) e destacou que o passo mais importante para a formação dessa frente foi dado pelo PSB, ao filiar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin.

Ele defendeu ainda que quem tem compromisso com Lula deve ter compromisso com a frente liderada pelo PSB em Pernambuco: "O que está muito claro neste momento é que vamos ter uma eleição plebiscitária [contra Bolsonaro]. O que está em jogo nesta eleição é a própria democracia".

Cabral disse ainda que vai defender o legado dos governos do PSB no estado, exaltou o ex-governador Eduardo Campos (1965-2014) e disse que não irá esconder em sua campanha o governador Paulo Câmara (PSB), que enfrenta baixa popularidade neste final de segundo mandato.

"Eu tenho muito orgulho do meu time [...] Tem gente que esconde palanque, eu não escondo palanque", disse o pré-candidato, afirmando ainda que parte dos seus adversários são ligados a Bolsonaro, mas não falam publicamente sobre a aliança.

Ele disse ainda que o governador Paulo Câmara tem um grande trabalho prestado ao estado de Pernambuco, destacou feitos do governo, mas ponderou que, nos últimos oito anos, o governador vivenciou as crises hídrica e da pandemia.

O pré-candidato também criticou adversários que "trocam de partido como trocam de camisa", disse que não está preocupado com pesquisas eleitorais e que vai crescer ao longo da campanha.

"Começamos a campanha agora. Eu sou a novidade da campanha, meus adversários já estavam em campanha há algum tempo", disse Cabral, destacando que seus principais adversários disputaram eleições para prefeituras em 2020.

Esta é a primeira vez que Danilo Cabral concorre a uma eleição majoritária. Antes, ele foi vereador no Recife e é deputado federal há três mandatos.

Ao comentar o legado dos 16 anos de governos do PSB em Pernambuco, Cabral destacou a área da educação como uma das principais vitrines das gestões, com a ampliação da rede de ensino integral.

"A gente conseguiu dar uma virada de página na educação de Pernambuco, que hoje é referência nacional", disse o pré-candidato, que prometeu expandir a educação profissionalizante para todas as cidades do estado.

Sobre as chuvas que deixaram 129 mortos e cerca de 9.000 desabrigados nas últimas semanas em Pernambuco, Cabral disse que o fenômeno climático extremo não ficou restrito ao estado e lembrou das tragédias recentes na Bahia e no Rio de Janeiro: "É um ponto fora da curva."

Ele ainda destacou que há um acúmulo um descaso histórico do Estado brasileiro para com as populações que vivem em áreas de risco: "Não é ninguém individualmente, mas todos coletivamente temos responsabilidade com essa situação".

Questionado sobre a responsabilidade dos governos do PSB em relação às consequências da chuva de Pernambuco, voltou a destacar que o caso não foi localizado e disse que este é um problema que nenhum ente da Federação vai superar sozinho.

Também culpou o governo Bolsonaro pela falta de uma política de habitação no país e defendeu o programa Minha Casa, Minha Vida.

A série de sabatinas com pré-candidatos ao Governo de Pernambuco é promovida pela Folha e pelo UOL e começou nesta segunda-feira (6) com Marília Arraes. Nesta quarta-feira (8), também foi ouvido o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho (União Brasil).

Na quinta (9), a entrevistada será Raquel Lyra (PSDB), às 10h, e o historiador Jones Manoel (PCB). Também estão confirmados para entrevista o ex-prefeito Anderson Ferreira (PL), na sexta (10), às 10h, e o advogado João Arnaldo (PSOL), no mesmo dia, às 16h.

A sabatina foi conduzida por Diego Sarza e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha.

CONFIRA AS DATAS DAS SABATINAS E DOS DEBATES

Sabatinas presidenciais

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​Demais sabatinas

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Debates com candidatos ao Governo de SP

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