Datafolha: Filhos e companheiros são os que mais podem influenciar voto

Peso da opinião desses grupos na escolha presidencial é considerado alto por 22% dos entrevistados

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São Paulo

Influências externas terão baixo peso na definição do voto para presidente, segundo a pesquisa Datafolha, mas a opinião de filhos e companheiros terá importância levemente superior para o eleitor, à frente de amigos, figuras das redes sociais, membros da imprensa e líderes religiosos.

Os presidenciáveis Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Simone Tebet e Luciano Bivar - Fotos Eduardo Anizelli, Pedro Ladeira e Zanone Fraissat/Folhapress

Indagados sobre a participação de filhos na tomada de decisão, 22% dizem que eles exercerão muita influência na escolha —por outro lado, 62% dizem que não terão nenhuma influência e 13% consideram que eles contribuirão com um pouco de influência.

Situação parecida ocorre em relação à opinião de esposa, marido ou namorado(a). Uma fatia também de 22% percebe neles muita influência sobre sua decisão na disputa pela Presidência da República; 59% descartam essa influência e 18% enxergam um pouco dela.

De modo geral, a ideia de que outros agentes terão papel preponderante no processo individual de voto é repelida por algo em torno de 60% dos entrevistados, independentemente do segmento mencionado pelo pesquisador ao perguntar sobre a eventual interferência alheia.

A menor taxa de persuasão, conforme o levantamento, será a dos líderes de igrejas. A opinião dos entrevistados se divide assim: 13% (muita influência), 14% (um pouco) e 66% (nenhuma).

Há variações dentro de subgrupos da pesquisa. A ideia de que filhos terão muita influência é mais significativa entre homens (25%) do que entre mulheres (21%). A tendência se repete na questão sobre companheiros serem determinantes na escolha: 24% no gênero masculino e 20% no feminino.

As mulheres se disseram menos influenciáveis em relação aos seis segmentos apresentados, indicando menor disposição de darem ouvidos aos pitacos alheios neste momento.

A influência de líderes religiosos aparece com mais vigor entre frequentadores de igrejas evangélicas do que entre os fiéis católicos. Os índices são de, respectivamente: 18% e 13% (muita influência), 15% e 16% (um pouco) e 63% e 66% (nenhuma).

No recorte etário, a incapacidade de comunicadores de influenciar o voto sobe conforme a idade do entrevistado. Enquanto no grupo de 16 a 24 anos 46% afirmam que jornalistas e pessoas da imprensa não têm nenhuma influência, na parcela acima dos 60 anos a visão é expressa por 62%.

Os mais jovens são mais propensos do que os idosos a considerarem sugestões de pessoas que seguem nas redes sociais. As figuras que postam nas plataformas têm muita influência para 18% dos entrevistados entre 16 e 24 anos, mas, entre aqueles de 60 anos ou mais, a taxa recua para 12%.

O levantamento desta semana mostrou também que um percentual robusto dos eleitores, de 70%, afirmam que já estão totalmente decididos sobre seu voto na eleição presidencial.

O Datafolha ouviu 2.556 eleitores em 181 cidades nesta quarta-feira (22) e quinta (23). A margem de erro da pesquisa, contratada pela Folha e registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 09088/2022, é de dois pontos para mais ou menos.

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