Bolsonaro cita Zambelli, Marcos Pontes e Feliciano para Senado em SP após saída de Datena

Ao lado de Tarcísio, seu candidato ao Governo de SP, presidente voltou a atacar o sistema eleitoral

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São Paulo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mencionou como opções para o Senado em São Paulo a deputada Carla Zambelli, o ex-ministro Marcos Pontes e o deputado e pastor Marco Feliciano, todos do PL, seu partido.

O apresentador José Luiz Datena (PSC) seria seu nome para o Senado, mas ele desistiu na semana passada.

"Está em aberto. Tem a Carla Zambelli, tem o Marcos Pontes, tem o Marco Feliciano", respondeu o presidente ao ser questionado sobre qual nome teria seu apoio.

Bolsonaro jantou, na noite desta sexta-feira (8), em uma pizzaria no bairro do Paraíso, em São Paulo. Estava acompanhado de Zambelli, que foi saudada por apoiadores como futura senadora. Também estava ao lado do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu candidato para o Governo de São Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado de Carla Zambelli (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), após jantar em pizzaria na capital
O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado de Carla Zambelli (PL) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), após jantar em pizzaria na capital - Carolina Linhares/Folhapress

"Está aparecendo no momento certo aqui um outro capitão do Exército, Tarcísio. Podia estar ganhando R$ 200 mil numa empreiteira qualquer. Conversei bastante com ele, nos entendemos. E ele está pronto para dar sua cota de sacrifício em São Paulo", disse o presidente sobre o aliado.

Ao falar com a imprensa, Bolsonaro foi alertado pela deputada de que apoiadoras queriam uma foto com ele. "Espera", reagiu o presidente para Zambelli. Para evitar críticas de eventual grosseria, puxou a deputada para perto de si, colocou a mão em seu ombro e assim permaneceu até o fim da entrevista.

Bolsonaro voltou a criticar a esquerda, as pesquisas eleitorais e o sistema eleitoral brasileiro, com base em teorias da conspiração. Também direcionou ataques a alguns ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

"Eu tenho certeza que voto eu tenho nas ruas, não sei dentro da sala cofre. [...] Estou falando fatos, não estou criticando o sistema eleitoral. Me acusam de querer dar um golpe, dar um golpe em mim mesmo? [...] Não podemos encarar uma eleição sob o manto da desconfiança", falou.

Bolsonaro ainda minimizou a investigação que mira seu ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. "Se aparecer corrupção em meu governo, a gente vai apurar. Eu estou com dezenas de processos, talvez centenas. Nem dou bola para isso, a AGU me defende", declarou.

A respeito da redução do ICMS dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que "é hora de fazer com que a população sofra menos, a sanha arrecadatória tem que deixar de existir".

O presidente disse que, em São Paulo, o preço deveria cair cerca de R$ 2 e defendeu o decreto que obriga a comparação dos preços nos postos.

Ele também afirmou ter certeza de que a chamada PEC Kamikaze será aprovada na Câmara e minimizou as críticas de que o pacote de benefícios, como aumento do Auxílio Brasil, seja eleitoreiro: "o pessoal que critica é o do quanto pior, melhor".

O ex-ministro Fábio Wajngarten, o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e os deputados Helio Lopes (PL) e Gil Diniz (PL) acompanhavam a comitiva do presidente.

A pizzaria estava cheia de clientes e apoiadores —do lado de fora, cerca de 40 pessoas pró-Bolsonaro gritavam por ele. Também houve gritos de "fora, Bolsonaro", que foram repreendidos pelos bolsonaristas.

Bolsonaro foi e voltou a pé do Hotel de Trânsito do Exército, um trajeto de 240 metros. Estava cercado por seguranças. Na volta, entrou em um bar brevemente.

Enquanto concedia entrevista em frente ao hotel, foi alvo de um panelaço e de gritos de repúdio vindos de um prédio vizinho. Também foi saudado por apoiadores que passaram de carro pela rua.

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