Bolsonaro faz novo ataque ao TSE e diz que convidará embaixadores para falar de urnas

Presidente afirma que encontro ocorrerá na próxima semana e que levará 'documentos' sobre as eleições de 2018

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Brasília

Em segundo lugar nas pesquisas e bem atrás do líder Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que irá convidar os embaixadores de todos os países para participarem, na próxima semana, de uma reunião em que vai falar sobre "como é o sistema eleitoral brasileiro".

O chefe do Executivo disse que levará "documentos" relativos às eleições de 2014, 2018 e 2020.

O presidente acumula mentiras e suspeitas sem nenhum tipo de prova sobre as urnas eletrônicas.

Em sua live semanal nas redes sociais, nesta quinta-feira (7), afirmou que "desconfia" do trabalho do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O mandatário já afirmou, por exemplo, que deveria ter vencido as eleições de 2018 no primeiro turno e que o pleito foi fraudado, por isso teve de disputar o segundo turno.

O presidente Jair Bolsonaro, em Brasília - Adriano Machado-7.jul.22/Reuters

"Será um convite a todos eles. O assunto será um PowerPoint, nada pessoal meu, para nós mostrarmos tudo que aconteceu nas eleições de 2014, 2018, documentado, bem como essas participações dos nossos ministros do TSE, que são do Supremo, sobre o sistema eleitoral", disse.

Ele fez referência aos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes –o primeiro foi presidente do TSE até fevereiro e o segundo presidirá até agosto, quando dará lugar ao terceiro.

A ideia de Bolsonaro é fazer um encontro com embaixadores para rebater afirmações feitas por Fachin em uma reunião realizada no fim de maio com diplomatas estrangeiros.

O presidente do TSE promoveu um seminário intitulado "Sessão Informativa para Embaixadas: o sistema eleitoral brasileiro e as Eleições de 2022".

Na ocasião, o magistrado disse que a comunidade internacional deve estar "alerta" às "acusações levianas" contra o sistema eleitoral brasileiro.

Bolsonaro também rebateu afirmação de Fachin de que o Brasil pode passar por um episódio mais grave que do Capitólio, quando apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump invadiram o congresso americano por entenderem que o pleito daquele país havia sido fraudado.

"Você sabe o que está em jogo, você sabe como você deve se preparar –não para um novo Capitólio– ninguém quer invadir nada, mas para nós sabermos o que temos que fazer antes das eleições", disse.

O presidente também criticou o fato de Fachin ter dito que uma auditoria nas urnas não teria poder para que o resultado das eleições seja revisto.

"Ou seja, faz auditoria para quê? As urnas são inauditáveis, mas porventura, o pessoal do Comando e Defesa Cibernética do Exército, que foram convidados a integrar uma comissão de transparência eleitoral, caso detecte fraude, não vai valer de nada esse trabalho do Comando e Defesa Cibernética das Forças Armadas, porque o senhor Fachin falou que isso não muda resultado eleitoral", disse.

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