A Polícia Civil de São Paulo iniciou investigação para apurar incidente ocorrido no final da noite desta quarta-feira (6) na sede da Folha, na região central da cidade.

Por volta das 22h30, um projétil atingiu e perfurou uma das janelas da Redação, no quarto andar do prédio. Jornalistas que estavam no local ouviram um estampido no momento. Ninguém foi atingido.

Policiais do 77º Distrito Policial, de Santa Cecília, estiveram na sede do jornal no início da tarde desta quinta-feira (7) e iniciaram as investigações. Em seguida, técnicos responsáveis pela perícia foram ao local do incidente para a sequência da apuração —um projétil esférico foi encontrado nas imediações.

Mais cedo, advogados da Folha foram ao distrito policial e registraram boletim de ocorrência.

Delegado-titular do distrito, Severino Pereira Vasconcelos disse que o estampido ouvido pelas testemunhas indica que o projétil possa ter saído de uma arma de cartucho.

Segundo ele, porém, somente as investigações de campo e o trabalho de perícia irão apontar a causa e as possíveis motivações do caso. Não há prazo para a conclusão das investigações.

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação do Governo de São Paulo disse considerar "inaceitável qualquer tipo de ataque ou intimidação aos jornalistas, aos veículos de comunicação e à liberdade de imprensa".

"Jornalismo responsável e independente, como o praticado pela Folha de S.Paulo, faz parte da essência da democracia e dos valores da sociedade paulista", afirmou a pasta, que disse acompanhar o trabalho da área de inteligência da Polícia Civil para esclarecer o disparo do projétil.