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PT expulsa prefeito, vereadora e mais 9 por não apoiarem candidato do PSB em PE

Eles não seguiram orientação partidária de apoiar Danilo Cabral na disputa pelo governo do estado

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Recife

​O PT de Pernambuco formalizou, nesta terça-feira (5), a expulsão de 11 filiados por não seguirem a orientação partidária de apoiar Danilo Cabral (PSB) na disputa pelo governo do estado.

O movimento foi interpretado na coligação como um aceno da cúpula petista local para o PSB, principal aliado nacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A maioria dos filiados expulsos havia declarado apoio à pré-candidata Marília Arraes (Solidariedade) ao governo estadual. A deputada federal deixou o PT em março, mas segue apoiando Lula na disputa presidencial.

O ex-presidente, porém, já disse publicamente que o seu candidato a governador é Danilo Cabral. Ainda assim, o pré-candidato PSB e Marília travam uma batalha pelos votos lulistas no estado.

Danilo Cabral (PSB) e Marília Arraes (Solidariedade) disputam os votos ligados a Lula na disputa pelo Governo de Pernambuco. - Divulgação PSB e Marília Arraes no Facebook

Dos 11 expulsos, pelo menos 9 apoiavam a neta do ex-governador Miguel Arraes, como a vereadora Fany das Manas, de Garanhuns, e dois presidentes de diretórios municipais. O prefeito de Orocó, no sertão, George Cavalcante, havia externado publicamente apoio ao pré-candidato Miguel Coelho (União Brasil), ex-prefeito de Petrolina.

O PSB busca manter a hegemonia em Pernambuco, estado que a sigla governa desde 2007, com dois governos de Eduardo Campos e dois de Paulo Câmara. Além disso, comanda a capital Recife desde 2013.

As expulsões do PT pernambucano por infidelidade partidária são incomuns. Em 2018, a própria Marília Arraes, após ser rifada da disputa pelo Governo de Pernambuco pelo PT nacional, não seguiu a aliança do partido pela reeleição de Paulo Câmara (PSB) e declarou voto em Dani Portela (PSOL).

Em 2020, quando Marília foi lançada candidata por imposição do diretório nacional do PT, contrariando a maioria dos dirigentes petistas locais, também não houve expulsão de filiados refratários à candidatura da então petista e que defendiam a candidatura de João Campos (PSB). No segundo turno, o então candidato do PSB travou um embate acirrado contra o PT.

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