Descrição de chapéu Eleições 2022

Lula prega contra abstenção e diz que nível de campanha de Bolsonaro irá baixar

Ex-presidente participou de comício no Grajaú, zona sul de São Paulo, neste sábado (24)

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São Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pregou contra a abstenção do voto nas eleições e afirmou que o nível da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário na corrida eleitoral, irá baixar nos próximos dias.

Lula disse que Bolsonaro "está muito nervoso" com o resultado das pesquisas e que, por isso, é preciso ficar atento com "as mentiras que vocês vão receber".

"Se preparem para as mentiras, ele está muito nervoso. Cada dia que sai uma pesquisa e eu cresço um ponto e ele cai um ponto ele fica doido. Ele tem crise de enxaqueca todos os dias. Uma dor de cabeça que parece que chama Lula", afirmou o petista.

Pesquisa do Datafolha divulgada na noite de quinta-feira (22) mostra que o ex-presidente ampliou sua vantagem para 14 pontos, aumentando as chances de a disputa encerrar no primeiro turno. Lula tem 47% das intenções de voto, contra 33% de Bolsonaro.

O ex-presidente Lula (PT) durante comício no Grajaú neste sábado (24)
O ex-presidente Lula (PT) durante comício no Grajaú neste sábado (24) - Danilo Verpa/Folhapress

O ex-presidente participou de comício no Grajaú, zona sul de São Paulo, neste sábado (24).

Logo no começo de seu discurso o ex-presidente afirmou que é preciso comparecer às urnas no próximo dia 2 e que tudo o que Bolsonaro quer é "que o povo não compareça para votar".

Às vésperas do primeiro turno, a campanha do ex-presidente pretende intensificar a ofensiva contra abstenção e pelo voto útil, com foco em atividades de rua, mutirões perto de igrejas e atos com evangélicos.

"Eu soube pelas pesquisas que o povo do Grajaú esteve um pouco chateado com o PT e que muita gente na última eleição não foi votar, houve uma ausência muito grande", disse.

"Qual o problema de não votar? Se não votar, a gente perde a autoridade moral de cobrar. Não pode ter 20% de abstenção e 10% de voto nulo. É preciso a gente convencer nesses próximos dias a cada pessoa a ir votar."

O ex-presidente afirmou que, caso eleito, não irá facilitar o acesso a armas. "A compra de armas como o Bolsonaro está fazendo é para quem sabe dar facilidade ao narcotráfico ter acesso a arma. Veja, um homem sério, uma família séria, não precisa de armas dentro de casa", disse.

Ele criticou ainda a atuação do Ministério da Educação dizendo que sob Bolsonaro a pasta "distribuiu dinheiro para os pastores ao invés de distribuir para as escolas".

"Vocês viram a corrupção do ministro da Educação ajudando alguns maus pastores. Porque a gente respeita a igreja evangélica, temos pastores de muita qualidade, mas temos poucos se metendo lá para pegar dinheiro da educação", disse o ex-presidente.

Lula estava acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), do candidato do PT ao Governo de São Paulo, Fernando Haddad, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do ex-ministro Aloizio Mercadante (PT), da ex-senadora Marina Silva (Rede), do ex-governador Márcio França (PSB), do senador Randolfe Rodrigues (Rede), do líder sem-teto Guilherme Boulos (PSOL) e do presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

Os outros participantes do ato também ressaltaram a importância do voto e do esforço que a militância deve fazer na última semana antes do dia 2 de outubro para liquidar a fatura já no primeiro turno.

Haddad afirmou que "é só fazer um esforcinho" e que há "uma semana para trabalhar duro" para eleger Lula no primeiro turno. "É ligar para o parente, falar com o vizinho, falar na igreja, na padaria, no local de trabalho. Assim que vamos restaurar nossa democracia. Dia 2 nós podemos ter um presidente de verdade."

"Se a gente bobear, fica todo o leite derramado. Precisamos muito de vocês. Agora nessa hora muita gente decide o voto, está faltando tão pouquinho para chegar lá. Nós merecemos isso", disse Márcio França.

Em sua fala, Marina criticou Bolsonaro afirmando que ele só se importa com a família dele. É o primeiro comício de que a ex-senadora participa desde que anunciou apoio ao petista. "Estou aqui me somando a todos os homens e mulheres de bem que querem botar Bolsonaro no seu devido lugar, que é fora da Presidência."

À tarde, Lula participará de outro comício em Itaquera, zona leste da capital paulista.

Lula não participará de debate presidencial deste sábado (24). Na sexta (23), ele confirmou sua ausência e alegou dificuldades de agenda e necessidade de preparação. Neste domingo (25), o petista participa de comício no Rio de Janeiro ao lado do prefeito Eduardo Paes (PSD).

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