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Polícia investiga assassinato no Ceará após homem perguntar quem vota em Lula

Caseiro de 39 anos que foi morto com uma facada na barriga não tinha antecedentes criminais

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Fortaleza

Um homem de 59 anos que estava foragido desde sábado (24) foi preso nesta segunda-feira (26) no Ceará sob suspeita de matar outro depois de uma discussão política em um bar em Cascavel, a 65 km de Fortaleza.

De acordo com a polícia, testemunhas relataram que a morte foi motivada por uma discussão sobre a votação para a Presidência da República.

O caseiro Antônio Carlos Silva de Lima, 39, eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não tinha antecedentes criminais e recebeu uma facada na barriga. Ele foi socorrido, mas morreu durante atendimento médico.

Edmilson Freire da Silva foi preso nesta segunda depois de a Justiça aceitar pedido de prisão preventiva por suspeita de homicídio qualificado. Ele prestou depoimento na Delegacia Metropolitana de Cascavel.

Lacração de urnas eletrônicas em São Paulo - Rivaldo Gomes - 21.set.22/Folhapress

Até o início da noite desta segunda-feira (26), não havia sido constituído advogado para a defesa de Silva.

O homem, conforme relatado por testemunhas à polícia e ao UOL, chegou ao bar e iniciou a discussão questionando outros presentes sobre "quem é eleitor do Lula".

Lima respondeu que votaria no próximo domingo (2) no ex-presidente —que lidera a corrida eleitoral com 52% dos votos válidos, conforme pesquisa do Ipec— e a discussão teve início, terminando na facada.

"Com base nas informações colhidas no local do crime, a motivação do crime estaria relacionada a discussão política. No dia, a vítima chegou a ser socorrida, mas morreu durante atendimento médico", diz nota da Polícia Civil.

Ao menos cinco pessoas já prestaram depoimento desde o último sábado.

Segundo um dos familiares de Lima, que pediu para não ter o nome publicado, ele não era fanático por política e os irmãos (sete ao todo) nem sabiam em quem ele votaria.

Houve estranhamento, portanto, quando souberam que a facada que ele levou teria ocorrido após uma discussão sobre a eleição para presidente.

Lima tinha um filho, de dez anos, e morava em um sítio, do qual era caseiro, bem próximo do comércio onde morreu —um local que, na distrito de Guanacés, era conhecido como um mercadinho de carnes, e não um bar, mas que recebia algumas pessoas aos finais de semana para confraternização.

No dia 8 de setembro, um homem que defendia Lula foi morto por um apoiador de Bolsonaro após uma discussão em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá).

Autor do crime, Rafael de Oliveira, 24, passou por audiência de custódia, e a Justiça de Mato Grosso manteve a prisão preventiva. Ele confessou, segundo a polícia, ter matado a facadas seu colega de trabalho Benedito Cardoso dos Santos, 44, depois de uma discussão política. De acordo com a polícia, o autor tentou decapitar a vítima e, após o crime, ainda filmou o corpo.

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