Ipec: Lula tem 51% e Bolsonaro, 42%; indecisos são 2% e brancos e nulos, 5%

Petista manteve intenção de votos da rodada anterior, enquanto presidente oscilou um ponto percentual para baixo

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Rio de Janeiro

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua à frente na disputa presidencial de segundo turno, com 51% das intenções de voto contra 42% do presidente Jair Bolsonaro (PL), aponta pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (10).

No primeiro levantamento, realizado há cinco dias, o petista tinha os mesmos 51%, e o atual mandatário, 43% —a diferença entre eles, portanto, oscilou de oito para nove pontos percentuais. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Montagem com o rosto dos dois candidatos sorrindo
O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que disputam o segundo turno das eleições presidenciais - Nelson Almeida e Evaristo Sá/AFP

A parcela dos que pretendem votar em branco ou anular variou de 4% para 5%. Já os que ainda não decidiram seu voto se mantiveram em 2%.

No cálculo dos votos válidos —que excluem os brancos e nulos e são usados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para totalizar o resultado das eleições—, o petista tem 55% e Bolsonaro, 45%, resultado igual ao da rodada anterior.

Os entrevistados que dizem estar certos de sua escolha agora são 94% (eram 92% na semana passada), enquanto os que ainda podem trocar de candidato somam 6% (eram 8%). Esse índice passa para 7% entre os eleitores de Lula e 5% entre os de Bolsonaro.

O Ipec ouviu 2.000 brasileiros pessoalmente de sábado (8) até esta segunda, em 130 municípios do país. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número BR-02853/2022.

Na pesquisa espontânea (na qual os nomes dos dois não são apresentados ao entrevistado), Lula também apareceu na frente, com 49% de menções (eram 50%). Bolsonaro tem 42% nesse quesito (antes tinha 40%). Brancos e nulos somam 5%, e outros 4% não sabem ou não responderam.

O presidente também continua com a maior taxa de rejeição, apesar de ela ter oscilado negativamente: 48% dizem que não votariam nele de jeito nenhum, contra 50% na semana passada. Já a recusa a Lula variou de 40% para 42% agora.

O levantamento indica ainda uma leve melhora na avaliação do atual governo. Os que o consideram bom ou ótimo passaram de 35% para 38%, enquanto os que o classificam como ruim ou péssimo oscilaram de 42% para 41%. A avaliação regular foi de 22% para 19%.

As pesquisas eleitorais são um retrato da intenção dos eleitores no momento em que as entrevistas são feitas, e não uma projeção do resultado eleitoral, que só será conhecido no dia do pleito, com a apuração oficial.

Até o instante de apertar o botão na urna, muitas variáveis podem fazer com que as pessoas mudem de posição. Para fazer uma análise mais ampla do cenário eleitoral, o eleitor deve levar em conta o conjunto de questões que os levantamentos abordam, e não um único indicador.

O presidente Jair Bolsonaro, aliados e apoiadores têm criticado os institutos de pesquisa pelas diferenças entre os dados dos levantamentos feitos em dias anteriores à votação do primeiro turno e o resultado da eleição divulgado pelo TSE.

O segundo turno da eleição será realizado no próximo dia 30. No primeiro turno, no último domingo (2), Lula obteve 48,4% dos votos válidos, ante 43,2% de Bolsonaro. A terceira colocada, Simone Tebet (MDB), ficou com 4,2% e Ciro Gomes (PDT), com 3%.

Abstiveram-se 33 milhões de eleitores, o equivalente a 21% do eleitorado do país. Os votos em branco ou nulos para presidente no primeiro turno somaram 5,5 milhões, o correspondente a 4,4% dos que compareceram às seções eleitorais.

Lula foi o mais votado em todo o Nordeste, em Minas Gerais e em quatro estados do Norte. Já Bolsonaro ficou à frente no Sul e no Centro-Oeste, em três estados do Sudeste e em outros três do Norte.

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