O ex-presidente José Sarney (MDB) anunciou nesta segunda-feira (24) voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa à Presidência, como forma de defender a democracia.
"É voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de Poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara", diz Sarney em uma carta divulgada em seu site.
O também ex-senador criticou o atual governo pelo que chamou de ataque sistemático do Executivo contra o Judiciário.
"No mesmo espírito dos que construíram em torno de Tancredo Neves a Aliança Democrática, reunindo um amplo espectro de homens públicos, agora congregamos em torno do Presidente Lula os homens de maior responsabilidade do País para formar uma nova união pela democracia. É a esperança que nos convoca".
Ainda no texto divulgado, Sarney afirma que no próximo domingo o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração.
"O voto em Bolsonaro é voto contra as instituições, que terá como consequência anos de autocracia, um regime de força, construído na mentira sistemática e no abuso do poder", disse o ex-presidente.
O emedebista afirmou ainda que as emendas de relator são um contrato "secreto" entre o Executivo e o Legislativo, "fixado em valores agigantados diante dos parcos recursos do Orçamento da República, é campo privilegiado para os interesses escusos".
Com a proximidade do segundo turno da eleição, a maioria dos ex-presidentes do Brasil passou a se posicionar entre apoios à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a volta de Lula ao Palácio do Planalto.
Dilma Rousseff (PT), Fernando Henrique Cardoso (PSDB) já haviam anunciado publicamente suas preferências por Lula. Fernando Collor (PTB) apoia o presidente Jair Bolsonaro.
Já Michel Temer (MDB) não manifestou apoio no segundo turno da disputa presidencial. Ele decidiu adotar neutralidade na disputa entre Lula e Bolsonaro após circularem notícias de que ele poderia apoiar a reeleição do candidato do PL.
Em nota, Temer disse que aplaudirá a "candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, mantiver as reformas já realizadas no meu governo e propuser ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país".
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