Descrição de chapéu Congresso Nacional

Michelle acompanha eleição no Senado e diz que não é Bolsonaro quem tem que ter medo de prisão

Ex-primeira dama engrossou quantidade de bolsonaristas, entre eles ministros, que compareceram para apoiar Rogério Marinho

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Brasília

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (1º) que não é seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), quem deve ter medo de prisão.

Michelle compareceu na tarde desta quarta-feira na posse dos novos senadores, juntando-se a um grupo de ex-ministros da última gestão que vieram apoiar a candidatura do bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN).

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro comparece à sessão de posse no Senado, em Brasília - Gabriela Biló /Folhapress

A ex-primeira-dama causou um grande furor ao chegar para a sessão especial do Senado. Ela evitou parar para dar entrevistas a jornalistas, mas, enquanto caminhava, foi questionada se a permanência de seu marido nos Estados Unidos estava relacionada com eventual medo dele de ser preso.

"Não é ele quem ter que ter medo de prisão", respondeu de forma seca. Na sequência, foi novamente perguntada sobre quem então deveria ter esse receio.

"Você sabe", completou.

A ex-primeira-dama viajou com seu marido para os Estados Unidos, pouco antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Michelle, no entanto, voltou mais cedo para Brasília e tem se mantido ativa nas redes sociais, postando fotos da mudança, entre outros assuntos.

Apontada como uma possibilidade eleitoral pelo PL, ela participou do jantar de boas-vindas oferecido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aos novos parlamentares da sigla nesta segunda-feira (30). O ato foi também um evento de apoio ao senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), candidato à presidência do Senado.

Durante o encontro, Michelle fez uma chamada de vídeo com o marido, que está nos Estados Unidos. De acordo com participantes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou a candidatura de Marinho e quis motivar os deputados e senadores eleitos.

Um dos articuladores da campanha do ex-ministro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, afirmou que não sabe quando o seu pai irá voltar ao Brasil. Ele ainda disse que, quando afirmou que o pai poderia nunca voltar, não quis induzir ninguém a entender isso, mas sim quis dizer apenas que ele não tinha informação sobre a data de retorno —-"é o tempo dele".

Segundo ele, Bolsonaro segue em um período de descanso. "Ele esta num momento de esfriar mais a cabeça, ele merece esse momento de paz", disse.

Michelle Bolsonaro caminha por um corredor do Senado, acompanhada por assessores e jornalistas.
A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no Senado no dia da eleição da presidência da casa legislativa - Mateus Vargas-1.fev.23/Folhapress

O senador disse, no entanto, que o pai atuou em prol da candidatura de Rogério Marinho à presidência do Senado. "Ligou para alguns que ele tem mais liberdade. Pediu alguns votos", afirmou.

"Acredito que em breve vai estar de volta", completou.

Além da primeira-dama, alguns ministros do governo Bolsonaro participam da sessão de posse dos novos senadores, em uma demonstração de apoio a Marinho.

O ex-presidente da Caixa Pedro Guimarães e o ex-advogado-geral da União Bruno Bianco também foram ao Senado. Questionado se tinha ido ao local para apoiar Marinho, Bianco afirmou apenas que foi acompanhar a posse dos novos senadores.

Já Guimarães disse que foi acompanhar a posse dos senadores que apoiam o governo Bolsonaro. "Em especial os que apoiam o governo Bolsonaro", respondeu o ex-presidente da Caixa, demitido do banco após acusações de assédio.

Ao chegar ao Senado, Marinho demonstrou confiança na vitória, apesar do favoritismo do atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O bolsonarista criticou a gestão do senador mineiro, apontando que ele permitiu uma "hipertrofia" do poder judiciário, que passou a se sobrepor aos demais poderes.

Disse que, em caso de vitória sua, o Senado não será subalterno.

"Relação institucional [com o governo Lula], relação de respeito, de entender que os poderes precisam conversar sem subalternidades. Nosso papel vai ser fazer com que os projetos oriundos do Executivo tenham tramitação normal. Não faremos como aconteceu na legislatura anterior, quando a principal comissão, a CCJ, só se reuniu 6 vezes em 2022. [...] Esse tipo de paralisação, de atentado contra a instituição não iremos fazer. A Casa vai funcionar", afirmou.

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