PF prende Mário Furacão e Homem do Tempo em operação contra suspeitos de ataque golpista

Ação é realizada em Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e Distrito Federal

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Brasília

A Polícia Federal realiza nesta sexta (3) a quarta fase da operação Lesa Pátria para prender três envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Além das prisões, os policiais cumprem 14 mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos da invasão dos prédios dos três Poderes.

A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Resultado dos atos golpistas praticados por bolsonaristas no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro
Resultado dos atos golpistas praticados por bolsonaristas no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro - Gabriela Bilo/Folhapress

Um dos alvos é Lucimário Benedito Camargo, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Rio Verde (GO). Ele foi preso no início da manhã.

Mário Furacão, como é conhecido, gravou um vídeo durante a invasão do Palácio do Planalto. Nele, o empresário afirma que "o povo não vai deixar ladrão governar o mais, nem narcotraficante e muito menos comunista".

"O povo brasileiro subindo a rampa, entrando no palácio cada vez mais e os soldados tacando bomba no povo, esses covardes", diz ele em outro trecho da gravação.

Outro golpista já preso é o ex-sargento da Polícia Militar de Rondônia William Ferreira da Silva, conhecido como Homem do Tempo.

Ele postou vídeos em suas redes sociais no dia das invasões. Em um deles, o bolsonarista aparece dentro do STF e caminha no plenário na corte destruído pelos golpistas. Ele foi candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, mas não se elegeu.

Entre os alvos de busca e apreensão está um policial legislativo do Senado e uma advogada. Ele é suspeito de omissão durante a invasão de bolsonaristas.

A advogada, por sua vez, é apontada como responsável por recolher os celulares de golpistas presos no acampamento em frente ao quartel-general do Exército em Brasília e que aguardavam a triagem dos investigadores na PF.

O objetivo da nova investida da Polícia Federal é prosseguir na apuração para identificar os participantes dos atos e pessoas que financiaram ou fomentaram a investida golpista de bolsonaristas.

As medidas são cumpridas nos estados de Rondônia, Goiás, Espírito Santo, São Paulo, Mato Grosso e no Distrito Federal.

Os envolvidos são investigados, segundo a PF, pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

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