O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chamou de "inconveniente" a repórter Joana Cunha, da Folha, e sugeriu que ela tem algum tipo de "déficit" devido a uma pergunta sobre o pronunciamento do líder do centrão em Nova York nesta quarta-feira (10).
Após falar a empresários em evento do Financial Times, Lira passou a ser questionado pelos jornalistas sobre o discurso que acabara de fazer e no qual afirmou que a direita é favorita na disputa presidencial de 2026, caso não cometa os mesmos erros do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Diante da insistência dos jornalistas, Lira disse à repórter da Folha que ela estava sendo "inconveniente" e exigiu que o gravador fosse desligado. Ela desligou, mas depois ligou novamente.
"Se você não entendeu, você tem déficit", disse Lira, em fala gravada.
Em sua participação no palco do evento, Lira disse que Bolsonaro deixou uma contribuição ao permitir que as pessoas com pensamento conservador e de direita "saiam do armário", superando um resquício de vergonha em expressar seus sentimentos por causa da ditadura militar.
"A avaliação hoje da inelegibilidade do presidente Bolsonaro é uma decisão arriscada, porque nós estamos a 3 anos e 9 meses de uma eleição. Dá tempo de o Cláudio Castro ficar forte, o governador Zema ficar forte, de o governador Tarcísio ficar mais forte. Na minha concepção, menos chance de cometer erros do que o presidente Bolsonaro cometeu durante sua campanha", declarou no palco do evento Brazil Summit do Financial Times.
"Então, um candidato de direita, errando menos, com um fortalecimento de uma base que existe no Brasil, e o presidente Bolsonaro como eleitor, eu acho que o quadro fica bastante desanimador para quem quiser disputar uma eleição em 2026", afirmou Lira.
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