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Paulinho faz críticas a Serra e diz que "esse sujeito" não pode ganhar eleição
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FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), fez nesta segunda-feira um discurso de apologia à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência e atacou o pré-candidato do PSDB, José Serra, a quem chamou de "esse sujeito" por pelo menos três vezes.
"Eu tô falando, e vou falar o nome. Nós não podemos deixar esse José Serra ganhar as eleições. Nós estamos falando e não tem jeito. Eles podem processar, mas nós vamos falar", disse Paulinho em evento no qual os movimentos sociais --dentre eles a UNE, o MST e a CUT-- lançavam um projeto com propostas para o Brasil que pretendem apresentar aos candidatos que concorrerão nas eleições 2010.
O presidente da Força reclamou das quatro multas que recebeu do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) --de R$ 7.500 cada uma; ele disse já ter pago duas --por propaganda eleitoral antecipada em favor de Dilma e as justificou atacando os meios de comunicação.
"Eu acho que quando nós não temos rede Globo, TV Record, meios de comunicação, somos nós que temos de falar. Por que se a gente não falar, fica aí esse sujeito [refere-se a Serra] tentando ganhar a eleição."
O presidente da Força deu a entender aos presentes que Serra representa uma ameaça aos trabalhadores.
"Se esse Serra ganhar, ele vai tirar os direitos dos trabalhadores. Vai mexer no fundo de garantia, nas férias, na licença-maternidade. Por isso temos de enfrentá-lo na rua pra ganhar dele aqui em São Paulo, pra ele aprender como tratar os trabalhadores."
Paulinho terminou o discurso dizendo que os trabalhadores precisam se unir "pra gente manter o projeto do presidente Lula e eleger a Dilma presidente do Brasil".
Na saída, Paulinho já contabilizava a quinta multa para pagar. "Então é isso. Hoje tomei mais uma", disse sorrindo.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, também discursou em tom de campanha. Começou sua fala dando "bom Dilma" aos presentes e, como Paulinho, mirou em José Serra e no governo do Estado de São Paulo.
"É o governo do PPPP. Privatização, presídio, pedágio e paulada em professores e no movimento social", disse. "É disso que se trata a tentativa de PSDB e DEM de voltar a governar este país."
Artur Henrique reclamou das multas que recebeu do TSE por fazer propaganda eleitoral para Dilma e criticou as representações que a oposição tem feito contra a pré-candidata e o PT na corte.
"Estão tentando inviabilizar [a candidatura de Dilma] no tapetão porque não tem apoio popular. Tem todos os veículos de comunicação na mão, mas não tem apoio popular."
O presidente da CUT encerrou seu discurso com um novo trocadilho com o nome da pré-candidata petista.
"Nós precisamos de uma... de uma... de uma... [fazendo som de "Dilma"] de uma mulher para dar continuidade aos projetos sociais e econômicos do governo."
Amanhã (1º), as principais centrais sindicais do país --dentre elas a Força e a CUT-- realizam uma assembleia no estádio do Pacaembu, em São Paulo, na qual esperam reunir mais de 30 mil pessoas.
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