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04/06/2010 - 08h53

Marina promete 300 mil agentes sociais de família

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BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO

Após prometer um pacote de "programas sociais de terceira geração", a pré-candidata Marina Silva (PV) disse ontem que, se eleita, manterá o Bolsa Família e não romperá com as políticas do governo Lula para o setor.

Ela defendeu uma única novidade: a criação de uma rede de cerca de 300 mil agentes que atenderiam individualmente os 15 milhões de famílias brasileiras abaixo da linha da pobreza.

O objetivo seria facilitar o acesso dessas pessoas a programas de qualificação profissional que já são oferecidos pelo governo federal e pelos Estados e municípios.

"É integração e transição, não ruptura. Os programas existem, o que estamos mudando é a base conceitual", disse Marina. "Nós temos o Bolsa Família, é preciso agora criar uma porta de saída para a inclusão produtiva".

A senadora evitou citar números, mas afirmou que a ideia não envolve aumento significativo de gastos públicos. "Não são custos astronômicos fora dos que devemos planejar para um país em desenvolvimento", disse.

Segundo ela, nem todos os agentes seriam contratados para a função. Ela disse que estuda recrutar servidores municipais, de outros órgãos da administração federal ou até mesmo de ONGs.

Para justificar o novo slogan, ela afirmou que o país viveu a primeira geração de programas sociais com a distribuição de cestas básicas. O Bolsa Família marcaria a fase atual, que ela chamou de segunda geração.

O coordenador do programa do PV para a área social, Ricardo Paes de Barros, comparou o papel de cada agente social ao de um personal trainer. Ele citou como exemplo o técnico Bernardinho, campeão olímpico de vôlei e autor de livros de autoajuda.

"O agente vai ser uma espécie de Bernardinho de cada família. É técnico e torcedor", disse o economista. "O programa é um "coaching", um "personal training"."

Paes de Barros é pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão subordinado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Segundo a assessoria de Marina, ele tirou férias para formular o plano dos verdes.

Após anunciar a rede de agentes sociais, a senadora criticou políticos que fazem promessas populistas às custas da pobreza.

"Não pode, porque é período eleitoral, simplesmente chegar um e dizer que vai dar o Bolsa Sapato, outro que vai dar o Bolsa Rede", disse. "Isso é apenas fazer soma de coisas, ainda que sejam importantes e relevantes."

Ao lado de Marina, o empresário Guilherme Leal discursou pela primeira vez desde que foi confirmado como seu vice, no último dia 16.

"Não basta o atendimento básico das necessidades que a pobreza demanda", disse. "O Brasil desperdiça capital humano e energia empreendedora por não fazer a inclusão produtiva desses 15 milhões de famílias."

A pré-candidata quer dedicar os próximos dias ao discurso que fará na convenção do PV, na quarta-feira.

 

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