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27/08/2010 - 08h19

Ex-diretor da Dersa acusado de desviar doações ao PSDB vai à Justiça contra tucanos

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ANDRÉA MICHAEL
DE SÃO PAULO

Os advogados do engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor de Engenharia da Dersa (Companhia de Desenvolvimento Rodoviário S/A), pediram à Justiça em São Paulo a abertura de uma ação penal contra os dirigentes tucanos Eduardo Jorge Caldas e Evandro Losacco, além dos jornalistas da revista "IstoÉ" Sérgio Pardellas e Claudio Dantas.

Souza os acusa da prática dos crimes de calúnia e injúria por conta da publicação de reportagem em que ele é acusado de arrecadar R$ 4 milhões, à margem da lei e em benefício próprio, sem o conhecimento do partido ao qual é ligado, o PSDB.

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As penas para tais crimes podem variar de seis meses a dois anos de prisão em caso de condenação.

A reportagem, publicada no último dia 18 e que tem como título "Um Tucano Bom de Bico", afirma que, "segundo oito dos principais líderes e parlamentares do PSDB ouvidos por "IstoÉ", Souza, também conhecido como Paulo Preto ou Negão, teria arrecadado pelo menos R$ 4 milhões para as campanhas eleitorais 2010, mas os recursos não chegaram ao caixa do comitê do presidenciável José Serra".

No texto Losacco, hoje candidato a deputado estadual pelo PSDB, diz que "essa arrecadação [de Souza] foi puramente pessoal. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder, infelizmente, ele tinha. Às vezes, os governantes delegam poder para as pessoas erradas".

Quanto a Eduardo Jorge, a revista reproduz uma afirmativa que, no contexto, faz pressupor a existência da arrecadação, pois afirma que Souza "arrecadou por conta própria, sem autorização do partido".

EJ nega ter dito isso à reportagem da revista "IstoÉ".

Por meio da assessoria do PSDB, informou que encaminhou uma carta à revista, que não foi publicada, na qual afirma desconhecer o assunto tratado na reportagem e declara que nada daquilo poderia ser verdade, pois as únicas pessoas autorizadas no partido a fazer captação de recursos são os tesoureiros oficiais --José Gregori e Sérgio Freitas.

Procurado pela Folha, Losacco disse ainda não tomou conhecimento da ação, por isso não poderia fazer comentários neste momento.

O diretor de Redação da "IstoÉ", Mário Simas, afirmou que "a reportagem revela aquilo que é dito e sabido no PSDB, informações declaradas por líderes do partido e outras ditas reservadamente por dirigentes da legenda e também de empresas. Se for o caso, vamos nos defender no foro adequado".

 

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