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Delações ajudaram PF durante investigação sobre desvios no Amapá
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ (AP)
A Operação Mãos Limpas, que anteontem levou para a prisão o governador e um ex-governador do Amapá, só foi possível depois que integrantes dos supostos esquemas de corrupção colaboraram com as investigações.
As informações foram passadas por empresários que não receberam sua parte dos possíveis desvios de recursos, por meio de licitações fraudadas, e pessoas que disseram não terem recebido a propina prometida.
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Além disso, funcionários públicos obrigados a assinar pareceres para dar aparência de legalidade aos contratos do Estado com empresas também passaram a dar dicas para os policiais, segundo a Folha apurou.
Esses depoimentos permitiram aos investigadores ir à frente na apuração, que até agosto deste ano estavam baseadas principalmente em escutas telefônicas e documentos públicos. Agora, a PF irá examinar, em Brasília, o que foi apreendido nos locais que sofreram busca e apreensão.
Na operação, foram presos o governador Pedro Paulo Dias (PP), que concorre à reeleição, o ex-governador Waldez Góes (PDT), candidato ao Senado, e mais 16 pessoas, entre empresários e políticos.
Além do governo estadual, um dos principais focos dos policiais e do Ministério Público Federal é a Assembleia Legislativa do Estado.
Nenhum deputado foi preso durante a operação. Mas o presidente da Casa, Jorge Amanajás (PSDB), que também é candidato ao governo, e outro deputado, Edinho Duarte (PMDB), foram obrigados a depor na sexta-feira.
Amanajás deu explicações à PF sobre a folha de pagamento que administra e uma fundação que gerencia.
Os investigadores não deram detalhes sobre as suspeitas alegando que o caso está sob sigilo.
Amanajás nega irregularidades na gestão da Casa e disse que a PF não apresentou a ele provas sobre possíveis problemas. "Foi uma conversa normal, tranquila."
O presidente da Assembleia era um aliado histórico de Góes e rompeu com ele neste ano, após não ter sido escolhido para a disputa pelo governo, em favor do então vice Pedro Paulo.
SANGUESSUGA
O ex-deputado federal Benedito Dias (PP-AP), irmão do governador, também foi levado para depor ontem.
Um dos presos na operação é um ex-assessor do parlamentar quando ele era deputado federal, Erik Janson Sobrinho de Lucena.
Lucena foi um dos denunciados no escândalo dos Sanguessugas, que investigou desvios de recursos públicos da saúde em 2006.
À época, Dias negou que tivesse relações com o assessor. A Folha não conseguiu localizar ontem o advogado de Lucena.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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