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21/09/2010 - 10h27

Solto, governador é recebido com festa na volta ao Amapá

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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ

Dez dias após serem presos por supostamente articular um esquema de corrupção no Amapá, o governador do Estado, Pedro Paulo Dias (PP), e seu antecessor, Waldez Góes (PDT), voltaram ontem a Macapá dizendo que foram injustiçados e tentando mostrar que ainda têm chances nas eleições.

No final da tarde, foram recebidos em um dos maiores atos de suas campanhas à reeleição e ao Senado, com cerca de 5.000 pessoas. Com a volta, Dias reassumiu o governo do Estado.

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A multidão começou a chegar ao aeroporto da cidade por volta das 14h. Esperou o retorno dos candidatos até as 18h, quando saíram em carreata pelas principais ruas de Macapá.

No último dia 10, eles foram alvo da Operação Mãos Limpas, da Polícia Federal. Nela, foi desarticulado um grupo de políticos, empresários e servidores estaduais que pode ter desviado mais de R$ 300 milhões dos cofres públicos, segundo a PF.

Dias e Góes estavam presos na superintendência da PF em Brasília e foram soltos no domingo, após o segundo pedido de prisão temporária dos dois vencer.

A volta de Dias ao poder foi "antecipada" em sua propaganda eleitoral. Ele negou que renunciaria --como seu rival na disputa Jorge Amanajás (PSDB) sugeriu.

Na TV, afirmou que voltaria por acreditar "no povo e na Justiça". Até então, a operação da PF e sua prisão ainda não tinham sido citadas em seu programa eleitoral.

DILMA E SARNEY

Carregando faixas, bandeiras e explodindo fogos de artifício, os apoiadores de Góes, em 4º lugar na corrida para o Senado, e de Dias, 4º lugar para o governo, segundo o Ibope, lentamente lotaram o saguão do aeroporto.

Alguns tinham bottons de Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência. O presidente Lula já chegou a pedir votos para Góes na televisão.

Enquanto esperavam, os cabos eleitorais gritavam "Pedro Paulo é meu amigo; mexeu com ele, mexeu comigo" e "Fora Sarney".

Segundo apoiadores de Dias, o senador José Sarney (PMDB-AP) provocou a operação policial para impulsionar a candidatura de seu aliado Lucas Barreto (PTB) ao governo do Estado. A PF nega influência política em seu trabalho.

O momento de maior comoção foi quando os dois políticos chegaram, em um jatinho fretado. Góes resolveu descer com os filhos e a mulher, Marília, também presa sob suspeita de envolvimento no suposto esquema, no meio da multidão.

O filho mais novo chorava sem parar enquanto era levado até o trio elétrico, com o qual a família seguiu em carreata por Macapá.

Dias não subiu no veículo, seguiu para se preparar para um debate eleitoral na televisão. Os políticos foram anunciados pelo trio como vítimas de "mais uma injustiça".

A operação foi a terceira da PF no Estado nos últimos três anos a focar a gestão de Góes.

Editoria de Arte/Folhapress
 

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