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Jefferson anuncia voto em Plínio e libera petebistas a escolherem candidato à Presidência
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MÁRCIO FALCÃO
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
A dois dias da eleição, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, liberou o partido para votar em qualquer candidato na disputa presidencial e anunciou seu voto no candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio. Oficialmente, o PTB compõe a aliança com o candidato do PSDB, José Serra.
"Como presidente do PTB, libero meus companheiros a escolherem seu candidato a presidente do Brasil", disse Jefferson no twitter. E completou: "Plínio terá meu voto pessoal para presidente do Brasil".
No microblog, Jefferson criticou a desenvoltura de Serra no último debate presidencial, realizado ontem na TV Globo. "Serra foi o mesmo de sempre. Sem graça, sem emoção, sem colorido. Sem compromisso com o coletivo de partidos a seu lado. Eu, eu, eu...", afirmou.
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Em entrevista ontem à Folha, Jefferson chamou o tucano de "autista" e avaliou a aliança do PTB no primeiro turno como "anódino". O petebista disse que para um eventual segundo turno o apoio a Serra não estava garantido e que iria propor a neutralidade.
"Eu vou sentar com o partido para ver se vamos apoiar o Serra ou se não vamos apoiar ninguém. De Dilma [Rousseff, PT] vou fazer força para não ir. Vamos ver se construímos uma posição independente", disse.
Jefferson disse acreditar que o segundo turno será provocado pela "onda" Marina Silva (PV), que, para ele, deve alcançar 20% dos votos.
"O Serra se estabilizou. O que vejo é um crescimento da Marina e ela não cresce em cima do Serra, mas da Dilma. Não creio que ela [Marina] tenha fôlego para ultrapassar o Serra, mas eu penso que vai dar segundo turno", disse.
Na avaliação do presidente do PTB, a campanha de Serra foi "racional e sem emoção". "Ele não surpreendeu mais, procurou bater no PT, fazer mais oposição, mas não teve emoção. Como eleição se decide pelo coração, não empolgou", disse.
A insatisfação de Jefferson com a campanha serrista não é novidade. Ele já reclamou do marqueteiro Luiz Gonzalez e lançou críticas ao isolamento do candidato tucano. Ontem, disparou novos ataques contra Serra. "Ele se preocupa com a biografia e não com as pessoas do entorno. É um cara fechado nele mesmo."
Jefferson, que foi delator do esquema do mensalão, em 2005, e teve o mandato de deputado cassado, disse que a oposição deixa essa eleição "sem identidade, sem discurso".
Questionado se apoiaria um eventual governo Dilma, o petebista disse que prefere criar um novo estilo de oposição. "Se a Dilma vencer, eu gostaria que o partido não ficasse com ela. O ideal é a independência, para construir uma oposição serena, crítica, começar a construir um caminho novo", afirmou.
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