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Ex-diretor dos Correios depõe por três horas na Polícia Federal
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ANDREZA MATAIS
DE BRASÍLIA
Durou três horas o depoimento do ex-diretor dos Correios Marco Antonio Oliveira na Polícia Federal no inquérito que investiga tráfico de influência no governo Lula por meio de empresa ligadas aos filhos da ex-ministra Erenice Guerra. Segundo o advogado que o acompanhou, Marco Antonio respondeu a todas as perguntas, cerca de 50. Ela não foi indiciado ao final do depoimento.
Ex-assessor da Casa Civil se recusa a prestar informações à PF
Entenda as acusações envolvendo Erenice Guerra
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O consultor Rubnei Quícoli disse à Folha que Marco Antonio lhe pediu R$ 5 milhões para pagar supostas "contas" da candidata Dilma Rousseff e de Erenice Guerra. O dinheiro seria parte de pagamento para a liberação de um empréstimo de interesse de Quícoli no BNDES que seria liberado com a intermediação da Capital Consultoria e Assessoria, empresa de lobby operada pelo filho de Erenice e o sobrinho do ex-diretor dos Correios, Vinícius Castro, à época funcionário da Casa Civil.
Quícoli apresentou à Folha os números de duas contas em Hong Kong que lhe foram repassados pelo genro de Marco Antonio, Roberto Ribeiro, onde o dinheiro deveria ser depositado. O consultor se negou a fazer o pagamento e teve o empréstimo no BNDES negado. O banco alega que por falta de capilaridade do projeto.
Perguntado se ele foi questionado pelo delegado a respeito, o advogado de Marco Antonio respondeu apenas: 'Isso não existe'.
Na manhã de terça-feira (5) a PF irá ouvir os dois filhos da ex-ministra. Saulo, oficialmente o dono da Capital Consultoria e Assessoria, e Israel, que efetivamente operava na empresa. Já foram ouvidos o empresário Fábio Baracat, que também fechou negócio com a empresa de lobby, o ex-diretor dos Correios, Artur Rodrigues, que representava a MTA que contratou a Capital, além de Vinícius Castro, Sonia Castro, laranja na empresa de lobby, e Estevan Knezevic, ex-servidor da Casa Civil.
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