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Corregedoria da Assembleia de MS conclui amanhã análise de vídeo de 'mensalão'
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RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ
A Corregedoria da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul deve concluir nesta sexta-feira (8) a análise das declarações do deputado estadual Ary Rigo (PSDB) no vídeo que foi gravado pela Polícia Federal e que teve trechos divulgados na internet.
Segundo a assessoria do Corregedor-geral, deputado Maurício Picarelli (PMDB), o parecer sobre uma possível quebra de decoro será concluído amanhã e encaminhado à Mesa Diretora logo após o feriado da próxima semana. Rigo é o primeiro-secretário da Assembleia.
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O vídeo foi gravado no dia 12 de junho, sem o deputado saber, pelo ex-secretário de governo de Dourados Eleandro Passaia, que atuava como infiltrado pela PF.
Nos 32 minutos que vazaram na internet, as declarações de Rigo indicam a existência de um esquema de repasses ilegais de dinheiro da Casa ao governador André Puccinelli (PMDB), a deputados, magistrados e integrantes do Ministério Público.
"Nós devolvíamos 2 milhões em dinheiro para o André, 900 para dar para os desembargadores e para o TJ e 300 para o Ministério Público", disse Rigo num trecho.
O deputado relata, ainda, dificuldades decorrentes de um aumento na fatia supostamente destinada ao governador: de R$ 2 milhões para R$ 6 milhões.
"Lá na Assembleia, nenhum deputado ganhava menos de 120 mil. Agora, os deputados vão ter que se contentar com 42."
Em nota divulgada à ocasião, o tucano Rigo disse que a "gravação foi editada" e que, em razão disso, o seu conteúdo "não traduz a conclusão apresentada".
"Jamais a Assembleia ou os deputados repassaram qualquer valor irregular ao governador do Estado, no sentido que se quis dar ao que foi veiculado no vídeo."
A corregedoria disse, em nota, que recebeu da PF a íntegra do diálogo. "O corregedor pretende confrontar as informações obtidas pela análise dos vídeos com a nota elucidativa previamente apresentada por Rigo para após intimá-lo a se explicar a respeito de declarações consideradas suspeitas em até cinco dias", informou.
No parecer, Picarelli deverá se manifestar pela necessidade ou não de abertura de uma comissão de ética para julgar a conduta do deputado tucano, que não conseguiu se reeleger no domingo.
A assessoria de Rigo diz que a nota já publicada será a única manifestação do deputado em relação ao caso. O governador André Puccinelli e o Tribunal de Justiça negaram a existência de repasses ilegais da Assembleia e prometeram interpelar judicialmente o deputado.
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