Em evento pró-Serra, integrantes do PP gaúcho criticam direção do partido

Em ato de apoio do PP do Rio Grande do Sul ao candidato à Presidência José Serra (PSDB), em Porto Alegre, na tarde de hoje, representantes pepistas criticaram a decisão de membros do diretório nacional de apoiar Dilma Rousseff (PT) no segundo turno.

A principal porta-voz do descontentamento foi a recém-eleita senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS).

O presidente do PP, Francisco Dornelles, oficializou o apoio do partido em nível nacional à Dilma, deixando livre diretórios estaduais.

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Em discurso em um hotel da capital gaúcha, para dezenas de apoiadores, Ana Amélia afirmou que a decisão do partido no Estado foi "coerente". "Eu não sou dissidente, sou disciplinada. E assim como pra mim não precisou [aplicar a lei] Ficha Limpa, também não precisa [cobrar] fidelidade partidária", disse ela.

A senadora eleita prestou também a solidariedade pelas críticas do presidente Lula a Serra, no episódio da agressão sofrida no Rio de Janeiro, e afirmou que são "ataque aos 33 milhões de eleitores" que votaram no tucano.

O tucano, que elogiou o diretório como "o melhor PP do Brasil", fez elogios aos gaúchos. "Eu em Brasília vou ser um presidente como se fosse gaúcho", disse. Em seguida, pediu para ser "membro honorário da pátria gaúcha".

A adversária de Serra, Dilma Rousseff, nasceu em Minas mas fez carreira política e viveu a maior parte da vida no Rio Grande do Sul.

Em discurso, Serra acusou sua adversária de ter trabalhado para privatizar a CRT (antiga companhia de telefonia do Estado), por "interesse de salários".

A denúncia foi feita no blog do jornalista Políbio Braga, que substituiu Dilma na Secretaria da Fazenda do município de Porto Alegre nos anos 80. Braga também gravou depoimento para o programa de TV do tucano.