Imprensa europeia destaca decisão de Lula sobre Battisti

Os sites dos principais jornais europeus destacaram a decisão do presidente Lula de negar a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti.

Os italianos "Corrierre della Serra" e "La Repubblica" colocaram o assunto na manchete principal.

Para o primeiro, a questão virou uma crise diplomática. O jornal também publica vídeo destacando a trajetória de "30 anos de fuga" do terrorista.

Veja a cronologia do caso Cesare Battisti
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Leia íntegra da nota da Presidência sobre concessão de refúgio
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Ministro italiano da Defesa diz que 'se realizou a pior previsão' sobre caso Battisti
Decisão do caso Battisti deve passar pelo Supremo

Já "La Repubblica" traz comentário da jornalista Benedetta Tobagi, que chama de hipócrita a decisão brasileira.

	Reprodução/Repubblica.it

No francês "Le Monde", o caso Battisti também ocupa a manchete do site. O texto destaca declaração de Battisti de que é perseguido politicamente pela Itália e que se tornou um "troféu" para o país.

Em texto do correspondente Juan Arias, o espanhol "El País" lembra que esse foi o último ato de Lula no governo.

A inglesa BBC destaca a reação dos italianos ao trazer declaração do ministro de Defesa do país, Ignazio La Russa, prometendo recorrer da decisão.

Na imprensa norte-americana, o caso Battisti ganha menos destaque com registros a partir de textos das agências noticiosas.

O Palácio do Planalto anunciou na manhã desta sexta-feira, por meio de nota, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu negar a extradição do terrorista, preso no Brasil há quatro anos.

A nota diz que Lula seguiu parecer da AGU (Advocacia Geral da União) dizendo que a decisão segue todas as cláusulas do tratado de extradição firmado entre Brasil e Itália.

Battisti está preso no Brasil há quatro anos por decisão do mesmo Supremo, que acolheu pedido da Itália. Ele foi condenado à prisão perpétua pela Justiça de seu país por quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979, quando integrava organizações da extrema esquerda. Ele nega os crimes e diz ser perseguido político.