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27/05/2011 - 19h53

Índios impedem avião da Funasa de levantar voo em Roraima

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RODRIGO VARGAS
DE CUIABÁ

Um avião monomotor contratado pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) para auxiliar no atendimento médico nas terras indígenas de Roraima foi impedido de levantar voo e ficou retido por quase 30 horas em uma aldeia da etnia ianomâmi.

Os índios da comunidade haxiú, na fronteira com a Venezuela, decidiram reter a aeronave para exigir participação na escolha do novo coordenador do DSEI-Y (Distrito Sanitário Yanomami e Ye'kuana).

O piloto, o mecânico e três funcionários da ONG que presta serviço na área ficaram impedidos de sair. O protesto foi iniciado na manhã de ontem e só foi encerrado nesta tarde.

"Qualquer nomeação de cargo que não passe por uma consulta das comunidades Yanomami e Ye'kuana não será aceita", disse, em carta ao Ministério da Saúde, o presidente em exercício do Conselho Distrital de Saúde das etnias, Júnior Hekurari Yanomami.

Na carta, o líder indígena acusa o coordenador estadual da Funasa, Marcelo Lopes, de "aliciar" líderes em troca de apoio a uma indicação política para o cargo de coordenador.

"A saúde indígena saiu da Funasa para atender as reivindicações das lideranças indígenas visando melhoria na qualidade e por fim à corrupção", diz a carta.

A assessoria de imprensa da Funasa em Roraima não soube informar se a liberação da aeronave foi precedida de algum acordo com os índios e disse que as indicações para os distritos sanitários são definidas pelo Ministério da Saúde.

A empresa de táxi aéreo que é proprietária do avião suspendeu os seis voos que faria hoje a serviço da fundação.

 

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