Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
18/06/2011 - 19h13

Mão de obra negra sustenta agronegócio, diz secretária

Publicidade

ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

A mão de obra negra é o eixo que movimenta o agronegócio, diz a secretária de Políticas de Ações Afirmativas da Presidência da República, Anhamona Silva de Brito.

Anhamona esteve em Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, um dia depois de a presidente da República Dilma Rousseff lançar na cidade --considerada capital do agronegócio-- o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, que destinará R$ 107,2 bilhões à agricultura empresarial.

A secretária participou do Fórum Social de Ribeirão, braço municipal do Fórum Social Mundial que, neste ano, aconteceu em Dacar entre 6 e 11 de fevereiro.

Para ela, discutir racismo na cidade que cresceu com o agronegócio é um avanço. "Pautar essa questão como algo emergencial e urgente é uma forma de perceber os elementos da opressão, como o racismo e o sexismo", diz.

Anhamona diz que migrantes que vieram do nordeste para trabalhar na agricultura da região conduziram o agronegócio em Ribeirão. "Se retroagirmos no tempo, veremos que essas pessoas são descendentes de africanos e africanas. Se pegarmos essa população, perceberemos que eles não tem os mesmos direitos [que os demais]."

Como política de governo para a população negra, a secretária Anhamona cita o plano de erradicação da miséria. Com ele, o governo federal pretende tirar, até 2014, 16,2 milhões de pessoas da pobreza extrema. O aporte do governo federal para esta ação será de R$ 20 bilhões --cinco vezes menos que os recursos destinados ao agronegócio.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página