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15/07/2011 - 21h02

Petistas defendem que partido deixe base governista em Campinas

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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS

Integrantes do PT de Campinas (SP) preparam uma manifestação para este sábado (16) para pressionar o partido a deixar a base aliada do prefeito Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT).

O protesto terá como lema "Em defesa do PT: romper já com o governo Hélio".

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Num blog criado pelos militantes, há mais de 200 assinaturas de apoio ao manifesto que pede o rompimento imediato com o governo municipal e o abandono dos cargos ocupados por petistas na prefeitura.

Divulgação
Demétrio Vilagra (PT), vice-prefeito de Campinas, é um dos 22 nomes citados na investigação do Ministério Público
Demétrio Vilagra (PT), vice-prefeito de Campinas, é um dos 22 nomes citados na investigação do Ministério Público

O PT é o partido do vice-prefeito, Demétrio Vilagra, e também mantêm dois secretários no gabinete de dr. Hélio.

Parte dos manifestantes integra a corrente Construindo um Novo Brasil, a mesma do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A principal motivação dos petistas são as acusações do Ministério Público contra a administração de dr. Hélio.

Os promotores denunciaram no início de junho 22 pessoas por envolvimento num suposto esquema de fraude em licitações e cobrança de propinas.

Entre os denunciados estão a primeira-dama e ex-chefe de gabinete, Rosely Nassim Santos, e o vice-prefeito petista. Ambos negam qualquer participação no suposto esquema.

A Câmara Municipal analisa um processo de impeachment contra o prefeito, que foi negligente e responsável pela nomeação dos denunciados, conforme vereadores da oposição. Dr. Hélio não é citado nas investigações do Ministério Público.

Segundo o secretário de mobilização do PT, Paulo Mariante, as denúncias agravaram uma insatisfação em um campo do partido que já queria rever a adesão ao governo.

"Já vínhamos há algum tempo questionando contradições entre as posições que defendemos historicamente no partido e o que vinha sendo praticado pelo governo municipal. Com as denúncias, se formou um conjunto que determina que o partido não deve continuar com o governo por incompatibilidade", disse Mariante.

O PT votou por integrar a coligação de dr. Hélio apenas em 2008, quando o pedetista foi reeleito. No próximo mês, o partido deve reunir todos os filiados para um encontro municipal onde será votada oficialmente a saída ou permanência no governo. Amanhã os militantes pró-afastamento farão um ato no centro da cidade.

De acordo com o presidente do diretório municipal do PT, Ari Fernandes, o partido está dividido. "Há um grande número de pessoas entendendo que já é hora de sair e um grande número afirmando que devemos continuar e reverter a situação, nenhum dos dois lados pode afirmar que tem maioria", disse.

Fernandes reforça, no entanto, que o partido tem como consenso o apoio às investigações e a defesa de que o vice-prefeito não teve participação no suposto esquema.

"Todas as suspeitas levantadas têm que ser apuradas a fundo e é obrigação dos petistas no governo prestar todo tipo de esclarecimento. Ao mesmo tempo, confiamos plenamente no desempenho, trabalho e licitude do vice-prefeito", afirmou.

 

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