Governo vai reforçar segurança de servidores da Funai no Acre

O Ministério da Justiça anunciou que vai enviar ainda nesta semana 16 homens da Força Nacional de Segurança para o Acre com o objetivo de manter a segurança dos servidores da Funai (Fundação Nacional do Índio) na base Xinane, a 20 quilômetros da fronteira com o Peru, onde vivem índios isolados.

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O envio de militares para a localidade foi anunciado na noite de terça-feira (9) pela secretária nacional de Segurança do Ministério da Justiça, Regina Miki, pelo diretor da Força Nacional, Major Aragon, e pelo presidente da Funai, Márcio Meira, que sobrevoaram a área cercada no final de julho por narcotraficantes peruanos.

A Força Nacional deverá substituir os policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais) do Acre que estão na localidade desde o final de semana.

Os representantes do ministério ainda informaram que o Exército deverá participar da ação de segurança na fronteira, mas a data para o começo da fiscalização por parte das Forças Armadas ainda não foi acertado.

A base Xinane que fica às margens do rio Envira, próximo ao município de Feijó, acabou ganhando destaque depois que os servidores da Funai enviaram diversos e-mails relatando que estavam cercados por narcotraficantes.

No dia 23 de julho, a Polícia Federal pediu aos servidores para que eles saíssem do local para evitar mortes, e no dia 1º de agosto foi montada uma operação com o objetivo de verificar a denúncia.

No local, a PF, com o apoio da Polícia Militar acriana e do Exército, encontrou um português de 60 anos --que não teve o nome divulgado-- e que já havia sido condenado por tráfico de drogas pela Justiça do Maranhão e do Ceará e também em Luxemburgo.

Os representantes da Funai no Acre ainda alegam que índios "arredios" que viviam do lado peruano estão sendo expulsos para o Brasil por madeireiros, empresas de exploração de petróleo e narcotraficantes.