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Ciro diz que política monetária do governo é 'criminosa'
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PAOLA VASCONCELOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM FORTALEZA
O ex-deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) criticou, nesta segunda-feira (12), a política monetária do Banco Central que reduziu a taxa de juros, após aumentá-la cinco vezes seguidas. Ele chamou a política cambial de "estúpida" e a monetária de "criminosa", em palestra para cerca de 5.000 lojistas, durante a 52ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, em Fortaleza (CE).
"O grande problema brasileiro é a descoordenação absoluta, uma política de câmbio completamente estúpida, provocada por uma política monetária criminosa, porque o mundo inteiro está com taxa de juros negativa e o Banco Central brasileiro administrando a mais alta taxa de juros do mundo. A liquidez brasileira é sólida, absoluta, então você tem como ganhar muito, sem correr risco, e isso inunda o mercado brasileiro de dólar especulativo, a moeda brasileira se valoriza. E está aí a tragédia: não conseguimos exportar", disse Ciro.
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Para o ex-deputado, que foi ministro da Integração Nacional no primeiro governo Lula (2003-2006) e está atualmente sem cargo político, o Brasil tem que assumir compromisso com o desenvolvimento econômico e administrar os riscos e ameaças desses derivados.
"E nós não estamos fazendo isso, ainda estamos na perplexidade. Veja o movimento errático do Banco Central: diante de elementos que já estavam dados da crise, o Banco Central loucamente, no governo Dilma, sobe duas vezes a taxa de juros, para agora, envergonhadamente, reduzir a taxa de juros. Das duas, uma: ou eles erraram lá ou estão errados agora", criticou.
No entanto, Gomes errou ao afirmar que a taxa de juros foi elevada duas vezes desde o começo do ano e início do governo Dilma. O Banco Central elevou a Selic cinco vezes desde o começo do ano.
Ciro Gomes disse que a taxa de juros, apesar de ser a mais alta do mundo, é a menor dos últimos 25 anos.
Para ele, o Brasil está melhorando, "mesmo com o aspecto da imundície, da ladroeira e da corrupção intoleráveis". Ele disse que apoia a postura da presidente Dilma Rousseff em eliminar do seu governo envolvidos em corrupção e disse que ela tem conseguido fazer o que tem que ser feito, por não ter compromisso com o erro. "Alguém errou, rua."
Sobre as denúncias de corrupção, ele diz que são "segredos de polichinelo" e que a imprensa tenta enfraquecer o governo divulgando-as.
"A grande imprensa sempre soube desses segredos de polichinelo e aguarda a ocasião para denunciar, explorando a justa indignação do povo com essas roubalheiras e falcatruas."
Apesar de afirmar que não tem aspirações políticas para os próximos anos, o ex-deputado federal disse que ainda tem o sonho de ser presidente da República. "Nem sequer são mais planos, tenho sonho de ser [presidente], mas já sei que, a essa altura, só por fatalidade", disse.
Procurado, o Banco Central afirmou, via assessoria de imprensa, que não comenta declarações de personalidades públicas.
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