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26/09/2011 - 13h25

Delfim Neto defende taxação de operações como segurança ao mercado

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MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

O ex-ministro da Fazenda Antonio Delfim Neto disse nesta segunda-feira (26) que a taxação de operações cambiais no mercado futuro é um instrumento importante para garantir a segurança do mercado.

Segundo ele, não foi essa medida que provou a desvalorização do real nos últimos dias. A real causa, disse, foi a valorização generalizada do dólar frente as outras moedas devido às incertezas do cenário externo.

"O governo adquiriu um instrumento, vai conservá-lo e vai usá-lo quando for necessário", disse em referência à taxação das operações no mercado futuro. "É um novo instrumento que tem implicações importantes para o prover segurança para os mercados", completou.

Segundo o ex-ministro, os mesmos analistas que criticavam a interferência do governo quando este tentava conter a queda do dólar imediatamente passaram a defender a intervenção do governo para frear a alta da moeda.

Na sua opinião, o BC agiu certo ao intervir no mercado futuro, ofertando contratos cambiais que equivalem à venda de dólares, na última quinta-feira.

Para Delfim Neto, o BC deve continuar garantindo oferta de dólares no mercado. "O BC agiu corretamente. O papel do BC é conceder paz aos mercados", observou.

Em palestra no 8º Fórum de Economia da FGV, em São Paulo, Delfim Neto disse que a presidente Dilma Rousseff tem, realmente, uma preocupação maior com o crescimento do que com inflação.

Segundo ele, essa posição tem fundamento, pois a situação mundial hoje é muito complicada.

Apesar disso, fez uma brincadeira com o fato da presidente seguir a linha desenvolvimentista, a qual pertence a maioria dos economistas presentes no evento.

"A Dilma é uma tecnocrata, inteligente, que cometeu o mesmo erro que nós: leu os nosso livros", afirmou. "Houve sim uma mudança na forma de ver o Brasil, na forma de controlar o Brasil... É muito menos sofisticada talvez porque a sofisticação provou que não sabe nada", concluiu.

 

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