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Após apresentar Doria 'meio sangue baiano', campanha vai focar apoio de Alckmin

Depois de apresentar o candidato João Doria (PSDB) como filho de um nordestino que foi exilado pela ditadura militar, a campanha do tucano deverá dar destaque ao apoio de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Para o coordenador da campanha, Júlio Semeghini, ex-secretário de Alckmin, o apoio do governador é suficiente para levar Doria ao segundo turno, conforme indicou pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (27).

Apesar de a pesquisa mostrar que 51% dos eleitores não votariam em um candidato indicado por Alckmin, na opinião de Semeghini, os 16% que disseram que votariam mais os 28% que disseram que cogitariam votar no candidato do governador indicam um cenário positivo para Doria.

Nelson Antoine/FramePhoto/Folhapress
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Dória, e o governador Geraldo Alckmin, participam de convenção do partido
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Dória, e o governador Geraldo Alckmin, participam de convenção do partido

"É extremamente oportuno para o João o apoio direto do Geraldo. Ele vai entrar na hora certa [na campanha]. Primeiro, [o eleitor] tem que conhecer o nosso candidato, conhecer pessoalmente o João, que ele tem vida própria, tem vontade de administrar São Paulo", disse Semeghini.

Ainda segundo o coordenador, os programas com a participação de Alckmin já estão sendo preparados. O governador também deve ir à rua com seu afilhado.

"Ele estará em alguns eventos fora do seu expediente. Ele fará questão de apoiar e estará com o João, sim, em atividades externas", disse Semeghini.

PADRINHOS REJEITADOS

Além de Alckmin, a pesquisa Datafolha mostrou que o ex-presidente Lula e o presidente interino, Michel Temer, tirariam ainda mais votos dos candidatos que apoiam —respectivamente Fernando Haddad (PT) e Marta Suplicy (PMDB).

Para Doria, a pesquisa reflete um quadro geral de rejeição aos políticos tradicionais —o que pode favorecê-lo.

"Eu me apresento como empresário, empreendedor. Não desrespeito os políticos, mas aqui, nesta campanha, eu cumpro o papel de um empresário lutando na política para fazer uma boa gestão", afirmou, durante visita a uma feira no Jabaquara (zona sul), na manhã deste domingo (28).

Em conversas com eleitores que estavam na feira, alguns deles fizeram referência à origem nordestina apresentada por Doria em seu programa de TV, que estreou na sexta (26).

"Quando eu vejo na TV, eu falo: 'Esse vai ganhar, esse tem sangue nordestino'", disse um eleitor que abordou o candidato.

Questionado sobre os efeitos de sua estratégia na TV sobre o eleitorado, o empresário respondeu que não se trata de estratégia.

"É um fato, meu pai nasceu na Bahia. Eu sempre falei que sou meio sangue baiano. Não é uma estratégia, é uma verdade, eu tive que contar minha história para que as pessoas pudessem me conhecer melhor", disse.

Opinião sobre o apoio de políticos

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