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Doria se nega a comentar reforma trabalhista proposta pelo governo

Fábio Vieira - 31.ago.2016/FotoRua/Folhapress
O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, João Doria, visita o Poupa Tempo da Sé no centro de São Paulo, nesta quarta-feira (31).
O candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, João Doria, visita o Poupa Tempo da Sé, no centro de São Paulo

A despeito das críticas recorrentes ao PT e ao ex-presidente Lula, o candidato a prefeito João Doria (PSDB) se recusou a comentar a reforma trabalhista proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB) a pretexto de não querer nacionalizar a corrida eleitoral.

Após palestra na sede da OAB em São Paulo, nesta segunda-feira (12), o tucano disse que se ateria a temas municipais.

"Você sabe que eu não fujo a perguntas tampouco a respostas. Mas estou aqui como candidato a prefeito da cidade de São Paulo. Temas nacionais eu não vou responder", disse Doria.

Ele aproveitou para provocar o prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição. "Pergunte a Fernando Haddad, porque ele está louco para fugir de temas locais", cutucou.

Doria critica com frequência a gestão de Dilma Rousseff (PT) por problemas como o aumento do desemprego e o envolvimento de Lula em investigações sobre corrupção.

Em protesto no domingo, o prefeito colou adesivo na camisa distribuído por militantes que dizia "Contra as 12 é 13", em referência ao aumento da jornada de trabalho para 12 horas e o número do PT. Na sexta, Haddad disse que o governo Temer "trai os compromissos com a classe trabalhadora".

Fala do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, na semana passada, desagradou sindicatos ao sugerir a ampliação da jornada de 8 para 12 horas. O governo se apressou a dizer que o total semanal seria de 48 horas.

Doria, que costuma dizer que trabalha mais de15 horas por dia, disse não ter "medo nenhum" de perder votos ao eventualmente defender medidas impopulares.

Questionado sobre a pertinência de empresários que votam em São Paulo saberem sua posição sobre a reforma, ele ainda assim se esquivou.

"Oportunamente" saberão, disse. "Eu quero falar de temas municipais."

SEM COMPROMISSO

Doria não assinou documento por eleições limpas proposto pela OAB de São Paulo intitulado "Dez compromissos com a democracia".

O candidato discordou de duas das dez medidas previstas: compromisso com a convocação de plebiscitos, referendos e audiências públicas e compromisso em se engajar pelo fim das votações secretas na Câmara Municipal.

Sobre o primeiro ponto, Doria disse que "custa muito". "Há que se avaliar que plebiscito, quando", justificou. "Não entendo que um candidato de forma responsável possa assumir essa responsabilidade desde já", disse.

Quanto ao fim das votações secretas, o tucano afirmou que "não posso assumir esse compromisso. Eu não sou Legislativo, sou Executivo. Isso tem de ser discutido com a nova composição da Câmara", afirmou.

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