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Haddad diz que rivais apoiam mudanças propostas por Temer nas leis trabalhistas

Reprodução/Flickr/Fernando Haddad
Fernando Haddad em palestra na sede paulistana da OAB
Fernando Haddad em palestra na sede paulistana da OAB

Orientado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o prefeito Fernando Haddad (PT), candidato à reeleição à Prefeitura de São Paulo, elevou o tom e usou seu horário eleitoral para vincular a imagem de seus principais adversários à do presidente Michel Temer (PMDB), que pretende fazer mudanças nas leis trabalhistas.

A estratégia de nacionalizar a campanha municipal já vinha sendo adotada pela coordenação petista na tentativa de alavancar a candidatura de Haddad, estagnado nas pesquisas eleitorais.

A ideia de partir para o ataque foi baseada em pesquisa interna e segue orientação da cúpula do PT.

Há 15 dias o partido vem insistindo para uma atitude mais agressiva.

O filme narrado pelo candidato a vice Gabriel Chalita (PDT) afirma que os adversários Marta Suplicy (PMDB), João Doria (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) "estão ao lado do governo Temer, que defende muitos retrocessos nos direitos trabalhistas".

"O governo Temer quer aumentar a jornada de trabalho para 12 horas e o tempo de aposentadoria para 65 anos. Marta, Doria e Russomanno estão do lado do governo Temer", diz Chalita.

"E de que lado está o Haddad?", continua o vice. Em seguida, surge a imagem de Haddad discursando em um carro de som na avenida Paulista, no último domingo (11), durante protesto contra o presidente Michel Temer.

"Nós não vamos sair da rua enquanto os nossos direitos estiverem ameaçados", diz.

Na sexta-feira (9), durante ato na Quadra dos Bancários, no centro da cidade, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o porta-voz da nova estratégia contra Russomanno, Marta e Doria.

"A Marta, o Doria e o Russomanno representam exatamente aquela maioria no Senado que votou pelo impeachment da companheira Dilma. Se a gente está na rua fazendo passeata e gritando "Fora, Temer", a gente não pode colocar alguém dele para ser prefeito aqui na cidade de São Paulo. Não é possível", disse Lula.

No mesmo dia em que o Datafolha mostrou que Haddad com 9% das intenções de votos, mantendo o empate técnico com Luiza Erundina, com 7%, o ex-presidente afirmou que a deputada federal do PSOL e o prefeito são "as únicas candidaturas em São Paulo que não têm nada a ver com o golpe dado na Dilma".

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