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Com prestígio em baixa, Beto Richa some de eventos de campanha e horário eleitoral na TV

Pedro Ladeira/Folhapress
O governador do Paraná Beto Richa em encontro com Michel Temer e ministros em junho deste ano
O governador do Paraná Beto Richa em encontro com Michel Temer e ministros em junho deste ano

Com a popularidade em baixa, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), sumiu da campanha eleitoral no Estado. A duas semanas do primeiro turno das eleições municipais, o principal líder político do PSDB no Paraná não participou de nenhum evento de campanha, nem do horário de propaganda eleitoral na televisão.

Segundo aliados, foi uma opção pessoal do governador, que preferiu dar prioridade para seu mandato, num momento em que a crise econômica e a instabilidade política criaram dificuldades para os governos estaduais.

Os aliados de Richa admitem, porém, que a popularidade do tucano atravessa um momento crítico, que reduz sua capacidade de atuar em favor de candidatos aliados nas principais cidades.

Na campanha de Curitiba, que governou por dois mandatos e de onde saiu como o prefeito mais bem avaliado do país em 2010, Richa é alvo de ataques de quase todos os candidatos.

O principal motivo é o confronto entre policiais e professores estaduais durante um protesto contra o governo, em abril do ano passado, que deixou dezenas de feridos. Na época, Richa implantara uma série de medidas fiscais impopulares, incluindo aumentos de impostos e mudanças na previdência dos funcionários públicos.

Hoje, a taxa de aprovação do governador na capital não passa de 15%, segundo a pesquisa mais recente do Ibope. Quase metade dos eleitores entrevistados (48%) consideram sua administração ruim ou péssima.

"Não tem nada a ver com popularidade. É uma decisão pessoal", diz o deputado Ademar Traiano, presidente do PSDB estadual e um dos principais aliados de Richa, sobre sua ausência da campanha.

Segundo ele, o governador recebeu "centenas de convites", principalmente de candidatos no interior, mas optou por focar na administração do Estado.

A avaliação é que a recuperação de sua imagem passa por uma gestão eficiente. "Ele fez uma opção de cuidar do governo. É um exemplo a ser dado", diz Traiano.

FOTOGRAFIAS

A popularidade do governador é melhor no interior do Estado. Em eventos oficiais, Richa chega a ser disputado para tirar fotografias com eleitores.

Segundo aliados, sua aprovação varia entre 35% e 40%, chegando a 50% em alguns municípios. "O que é bom, nesse momento tão crítico", afirma Traiano.

Em Curitiba, onde o PSDB se aliou ao ex-prefeito Rafael Greca (PMN), que lidera a corrida à prefeitura, Richa não compareceu nem à convenção partidária que anunciou a coalizão.

Mas a mulher do tucano, a secretária estadual de Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e o filho Marcello Richa têm participado ativamente dos eventos de campanha.

"Se o governador não fosse um bom cabo eleitoral, o Rafael não estaria como está", diz Traiano. De acordo com a mais recente pesquisa do Ibope, Greca tinha 28% das intenções de voto, contra 19% do segundo colocado, o prefeito Gustavo Fruet (PDT).

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