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RÉPLICA

Réplica: Doria não gastou em propaganda mais do que campanhas somadas dos concorrentes

Ernesto Rodrigues/Folhapress
SAO PAULO, SP, 06-09-2016: ELEIÇOES 2016 / EPSECIAL / JOAO DORIA - Entrevista com o candidato João Doria ( PSDB) a prefeitura de Sao Paulo, especial sobre eleições.. (Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress cod.0628-) *** EXCLUSIVO AGORA *** EMBARGADA PARA VEICULOS ONLINE *** UOL E FOLHA.COM CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA *** FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA AGORA *** FONES 3224 2169 * 3224 3342 ***
O candidato do PSDB em São Paulo, João Doria

É importante esclarecer aos leitores que a reportagem "Doria gasta só com propaganda mais do que campanhas somadas dos concorrente ", publicada pelo site da Folha no último dia 16 de setembro, contém erros de apuração que merecem correção.

O texto comparou dados da campanha do PSDB com números desatualizados das campanhas concorrentes, o que causou uma sucessão de equívocos inviabilizando, inclusive, o próprio título da matéria.

O erro é evidenciado na própria reportagem, que utilizou como base de apuração uma fonte preliminar do Tribunal Superior Eleitoral, ao mesmo tempo em que disponibilizava, no corpo do texto, em um link oficial do TSE, os números atualizados.

Ou seja, a reportagem não teve o padrão de excelência da Folha em checar se os números publicados eram condizentes com a base de dados oficial ofertada ao leitor no mesmo espaço. Ora, se há uma divergência entre os dados disponíveis, a reportagem não deveria ter sido publicada antes de uma apuração definitiva.

Aos fatos: o texto afirmava que o candidato Fernando Haddad gastou R$ 2,1 milhões com a produção de programas de rádio e TV. O site atualizado do TSE, no entanto, registrava outro número: R$ 5,4 milhões.

O texto afirmava que Marta Suplicy tinha gasto até aquele momento R$ 1,3 milhão, quando o número correto divulgado no link oficial do TSE –como dito, disponível na própria matéria– era de R$ 1,6 milhão. O texto afirmava ainda que o candidato Celso Russomanno tinha declarado à Justiça gastos de R$ 60 mil, o número mais atualizado do TSE demonstrava que na verdade eram R$ 177 mil. Juntos, estes valores, divididos pelos minutos veiculados, não demonstram que a campanha de João Doria ultrapassou a soma dos concorrentes.

Houve negligência da reportagem ao não apurar como as informações são prestadas pelos partidos ao TSE. A campanha de João Doria, por exemplo, entregou ao tribunal a estimativa total de valores contratados. Isso não significa que estes valores tenham sido gastos, como equivocadamente considerou a matéria.

Não foi apurado como outros partidos enviaram suas estimativas, se totais ou parciais. Mais correto seria a matéria ter comparado os valores arrecadados e gastos pelas campanhas, respectivamente, João Doria R$ 4,3 milhões, Haddad R$ 3,8 milhões, Russomanno R$ 3,7 milhões e Marta R$ 3,6 milhões, que demonstra que os gastos efetivamente realizados pelos candidatos são equivalentes, como consta na atualização do site do TSE.

Entendemos que a divulgação de dados não criteriosamente checados prejudicaram a correta informação ao leitor, pois induz a conclusões erradas sobre as quais a Folha não tem mais domínio. A referida noticia foi replicada em outros sites e blogs com os pecados originais que se propagarão.

Outro erro se soma aos anteriores. O texto publicado às 11h17 foi alterado diversas vezes durante o dia sem que esta informação fosse registrada no topo da noticia, como normalmente se faz no online.

Lamentamos que um equivoco básico não tenha sido corrigido rapidamente, já que a equipe de jornalismo da campanha de João Doria alertou o repórter, pelo telefone, imediatamente após a publicação.

Agradecemos a correta e justa posição em nos fornecer este espaço para o esclarecimento da verdade, o que reafirma a imparcialidade que sempre caracterizou o grupo Folha.

LULA GUIMARÃES, jornalista, é coordenador de comunicação da campanha do PSDB em São Paulo

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Confira a tréplica do jornalista Marcelo Soares

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