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PP direciona recursos ao Paraná, Estado do ministro da Saúde

Pedro Ladeira/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 14-09-2016, 12h00: O presidente Michel Temer e o ministro da saúde Ricardo Barros durante cerimônia de anúncio de Ações de gestão para a melhoria da saúde pública, no Palácio do Planalto. Participa também Edson Rogatti, Presidente da confederação das Santas Casas de Misericórdia. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O ministro da saúde Ricardo Barros durante cerimônia no Palácio do Planalto

O PP, partido do ministro da Saúde, o paranaense Ricardo Barros, abriu o cofre para candidatos do Paraná.

Postulantes a prefeito e vereador no Estado receberam, até agora, R$ 2,2 milhões em doações do diretório nacional do partido, do qual Barros é tesoureiro licenciado.

O valor corresponde a quase 25% de todas as doações feitas pelo PP até aqui, segundo levantamento da Folha em dados entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

É o Estado que mais recebeu verbas da sigla, à frente de importantes colégios eleitorais como São Paulo, Minas Gerais e Bahia –que têm, inclusive, uma bancada maior que a do Paraná.

Entre os principais contemplados estão a filha do ministro, a deputada Maria Victória, que concorre à Prefeitura de Curitiba; Marcelo Belinati, candidato a prefeito em Londrina; e Silvio Barros, irmão do ministro e favorito à Prefeitura de Maringá.

Os três são do PP, mas o dinheiro do partido, oriundo do fundo partidário e de doações ao diretório nacional, foi distribuído a políticos de dez diferentes siglas no Paraná –todos aliados do ministro.

Entre eles, quem mais recebeu foram candidatos a prefeituras no interior pelo PSB, PSDB e PMDB.

Nenhum outro diretório nacional fez tamanho investimento no Paraná. O segundo partido que mais investiu foi o PSDB, do governador Beto Richa: R$ 229 mil –um décimo do que o PP desembolsou até agora.

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PLANOS PARA 2018

Barros tem pavimentado a candidatura de sua mulher, Cida Borghetti (PP), ao governo em 2018. Ela é a atual vice-governadora.

A família também tem Maria Victória como deputada estadual e três ex-prefeitos de Maringá, terra natal dos Barros: o ministro; seu pai, Silvio Barros; e seu irmão Silvio Barros 2º (por dois mandatos), atual candidato ao posto.

O ministro ganhou projeção como deputado federal, cargo para o qual se elegeu cinco vezes. Na Câmara foi líder tanto do governo do tucano Fernando Henrique Cardoso quanto do petista Lula.

Nenhum partido doou tanto quanto o PP - Doações de diretórios nacionais no Paraná, em R$ mil

'QUADRO TEMPORÁRIO'

O ministro nega qualquer ligação com a distribuição das verbas partidárias. A direção nacional do PP refuta direcionamento e diz que esse quadro é "temporário", já que as doações são distribuídas segundo a bancada federal de cada Estado.

Até o fim da eleição, portanto, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, que têm seis deputados pepistas, devem ficar com o maior quinhão das verbas partidárias, assegura a executiva do PP.

O Paraná, com apenas três deputados federais do PP (Barros está licenciado), tem quase cinco vezes mais verbas que os gaúchos e 15% a mais que os mineiros.

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