Com 25% no Datafolha, Doria é alvo em debate; Marta faz ofensiva contra principais adversários
| Marlene Bergamo/Folhapress | ||
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| Debate promovido pela Folha, UOL e SBT, dos candidatos a Prefeitura de São Paulo |
O empresário João Doria (PSDB), que subiu bruscamente nas pesquisas e ficou em primeiro lugar, numericamente, com 25% das intenções de voto na última pesquisa Datafolha, foi alvo dos demais candidatos à Prefeitura de São Paulo no debate promovido pela Folha, o UOL e o SBT nesta sexta-feira (23).
A pesquisa Datafolha apontou um triplo empate técnico entre Doria, Russomanno e Marta.
O tucano foi alvo da senadora licenciada Marta Suplicy (PMDB) e da deputada federal Luiza Erundina (PSOL).
Entre os ataques, foi abordada a questão do terreno público de 400 m² que o empresário ocupa em Campos do Jordão, à revelia da Justiça estadual.
Questionado por Erundina, o tucano se recusou a falar desse assunto, alegando que, já que o terreno não está localizado em São Paulo, fugia do tema do debate.
"Uma pessoa pública tem que responder pelos seus atos independentemente deles se darem aqui ou fora de São Paulo", rebateu a deputada, que foi ovacionada.
Depois do intervalo, voltou a dirigir-se à deputada para falar que irá devolver a área, mas deixou de fora a informação de que decisão da Justiça desta quinta (22) o obriga a fazer isso.
Doria procurou evitar confronto direto com adversários reais, Marta e Russomanno, e protagonizou dobradinhas com o candidato Major Olímpio, que tem apenas 2% no Datafolha.
Em busca de um lugar no segundo turno, a candidata Marta Suplicy elevou o tom e distribuiu ataques a seus adversários.
Questionou um dos principais pontos da campanha de Doria, de que ele é um bom gestor, e não um político. Ela tem repetido que isso não basta e que é preciso também ter vocação política para administrar a cidade de São Paulo. A peemedebista também defendeu sua última gestão em São Paulo (2001-2004) em perguntas dirigidas ao deputado federal Russomanno e a Doria.
Em embate com Haddad, que pleiteou autoria dele e do PT em projetos que são marcas da senadora, como os CEUs, Marta desferiu uma bofetada: "Ora, se você fosse tão bom, você teria construído os 20 CEUs que prometeu". A candidata disse ainda que Haddad não poderia afirmar que fez a melhor administração municipal no que tange o transporte público. "Vai perguntar para a população quem fez a melhor gestão do transporte."
Membros da equipe de Marta disseram que a peemedebista tinha a intenção de causar embate direto com Doria, mas a dinâmica do debate tomou outro rumo e ela acabou não conseguindo provocá-lo, caindo em embates não previstos com Haddad.
A peemedebista também aproveitou o debate para defender a proposta do seu correligionário, o presidente Michel Temer, de colocar um teto para os gastos públicos, desde que os cortes não afetem a educação e a saúde. O apoio foi dado por meio de um exemplo da "dona de casa que ganha R$ 2.000 e gasta R$ 3.000".
"Tem um momento em que precisa economizar", explicou. "E ela vai conseguir economizar, mas vai fazer de um jeito que não falte comida para as crianças", complementou.
Marta afirmou ainda que seus hoje aliados mentiram em 2005 ao dizerem que ela entregou a prefeitura quebrada. A afirmação foi feita em resposta ao jornalista Kennedy Alencar, do STB, que citou os ministros e ex-prefeitos José Serra e Gilberto Kassab, além do vice na chapa da senadora, o vereador Andrea Matarazzo. "A senhora fez uma administração financeira ruim ou esses aliados mentiram na época?", perguntou o jornalista.
"Mentiram, eu tenho que dizer, porque o que que eu posso falar? O próprio secretário de finanças do Serra, o Mauro Ricardo, deu atestado dizendo que eu tinha deixado dinheiro em caixa. Também, o Tribunal de Contas aprovou as minhas contas todos os anos", afirmou a peemedebista. "Isso faz parte da política. Eu diria que eles exageraram, me magoaram muito na verdade, porque criaram uma adversidade até para a cidade", acrescentou.
Com crescimento brusco do empresário João Doria (PSDB), tanto Marta (com 20% no Datafolha) como Russomanno (22% no Datafolha) disputam vaga no segundo turno. Em quarto lugar, Haddad ficou escanteado durante a maior parte do debate e usou seu tempo para elencar obras de sua gestão que foram realizadas ou estão em andamento.
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Assista ao primeiro bloco do debate promovido por Folha, UOL e SBT:
Assista ao segundo bloco do debate:
Assista ao terceiro bloco do debate:
