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Campanha de Haddad entra com ação pedindo impugnação da candidatura de Doria

A campanha de Fernando Haddad (PT) entrou neste sábado (1º) com uma ação pedindo a impugnação da chapa do candidato João Doria (PSDB).

De acordo com o advogado da campanha petista, Fernando Neisser, a ação argumenta que o candidato tucano incorreu em abuso de poder político e econômico para financiar sua campanha à Prefeitura de São Paulo.

A ação foi impetrada menos de 24 horas antes do início da votação, na 1° Vara do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo). As urnas serão abertas as 8h do domingo (2).

Danilo Verpa/Folhapress Ricardo Bastos/Folhapress
João Doria (PSDB) e Fernando Haddad (PT)
João Doria (PSDB) e Fernando Haddad (PT)

Além de Doria e seu vice, Bruno Covas, Neisser afirma que também são alvos da acusação governadores de quatro Estados: Geraldo Alckmin (SP), Pedro Taques (MT), Beto Richa (PR) e Marconi Perillo (GO).

De acordo com o advogado, eles teriam contratado serviços das empresas do Grupo Doria, pertencentes ao candidato, de modo a permitir que mais recursos fossem aplicados na campanha.

Assim, Doria estaria camuflando investimentos que vêm das empresas —que, em tese, receberam aportes estatais— para aplicar na campanha como se fossem recursos próprios.

Questionado sobre o motivo de entrar com a acusação na véspera da eleição, Neisser afirma que o documento encaminhado ao TRE só foi finalizado hoje. "A gente se concentrou na guerrilha da propaganda, nas representações contra os adversários, defesas e recursos. Isso impediu que a gente tivesse o foco necessário para a finalizar [o documento antes]", disse.

Ele nega que a intenção seja interferir na votação de amanhã e estima que o tribunal deve dar um primeiro parecer sobre o processo em cerca de duas semanas.

Em agosto, o vereador petista Paulo Fiorilo havia entrada com uma ação que também pedia a impugnação da candidatura do tucano, mas o pedido foi indeferido pelo TRE.

A Folha revelou, no sábado (29), que o grupo de empresas de Doria recebeu R$ 10,6 milhões em recursos governamentais — R$ 6 milhões vieram do governo federal, nas gestões de Lula e Dilma (PT), e R$ 4,6 milhões do governo Alckmin.

OUTRO LADO

Contatada, a campanha de João Doria afirma que não foi notificada da ação. "Sendo verdadeiro o pedido, sobre o qual só vamos nos manifestar depois de notificados, é a manifestação de uma campanha perdedora interessada apenas em tumultuar o processo eleitoral", afirmou a assessoria do candidato.

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