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Crônica da campanha: Major Olímpio foi o único nanico convidado a debates; veja mais candidatos

Marlene Bergamo/Folhapress
PODER ELEIÇOES- Sao Paulo - Debate promovido pela Folha, UOL e SBT, dos candidatos a Prefeitura de Sao Paulo, Joao Doria (PSDB), Marta (PMDB), Major Olimpio (SD), Carlos Nascimento, Luiza Erundina (PSOL), Fernando Haddad(PT) e Celso Russomano (PRB). 23/09/2016 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017
O candidato a Prefeitura de São Paulo Major Olímpio (SD)

Deputado federal pelo Solidariedade, Major Olímpio é um dos membros da chamada bancada da bala, grupo informal de deputados que atua na Câmara em temas relacionados a segurança pública.

Antes de entrar na política, foi policial durante 29 anos e hoje é um dos defensores, no Congresso, da redução da maioridade penal.

Apesar disso, em entrevista à Folha no mês passado, o candidato rejeitou o rótulo de "reacionário" e disse que se entende como "um progressista". "É reacionário alguém que defende a lei?", questionou na ocasião.

Diz que não é "homofóbico, ao contrário, estamos num país preconceituoso e é necessário ter as estruturas públicas para garantir direitos às minorias".

No último Datafolha, o parlamentar teve 2% das intenções de voto, mantendo o patamar que registrou durante toda a campanha.

Mesmo assim, esteve presente em todos os debates na TV –a lei eleitoral exige que todos os candidatos em coligações com mais de nove deputados sejam convidados.

Nos encontros, questionou principalmente a viabilidade dos planos de seus adversários. Para ele, as contas da cidade estão em situação precária e muitos dos planos vendidos por outros candidatos são irreais.

RICARDO YOUNG (REDE)

J. Duran Machfee/Futura Press/Folhapress
SÃO PAULO,SP,18.09.2016:ELEIÇÕES-RICARDO-YOUNG - Candidato da Rede Sustentabilidade à Prefeitura, Ricardo Young encontra com a fundadora de seu partido, a ex-ministra Marina Silva, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo (SP), na manhã deste domingo (18). (Foto: J. Duran Machfee/Futura Press/Folhapress) *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
Ricardo Young faz campanha com Marina Silva em São Paulo

Candidato da Rede em São Paulo, o vereador Ricardo Young reeditou nesta campanha o discurso de 2014 de Marina Silva, de "governar com os melhores", independentemente de partidos.

Ele contou com a presença da ex-presidenciável em sua campanha, mas, com pouco tempo de TV e sem presença nos debates –ele não fez coligação com nenhum partido–, o candidato não conseguiu um desempenho expressivo nas pesquisas. No último Datafolha, chegou a 1%.

Dono de uma franquia de ensino de idiomas e com atuação em ONGs, Young, 57, declarou patrimônio de R$ 7,4 milhões neste ano, mas não usou recursos próprios na campanha.

Sua maior doadora, empatada com o próprio partido, foi Neca Setúbal, herdeira do Itaú, que repassou R$ 100 mil. Ao todo, arrecadou cerca de R$ 300 mil.

À Folha Young elogiou medidas do atual prefeito Fernando Haddad (PT), como corredores de ônibus e ciclovias, mas criticou o que chamou de "armadilhas" para multar os motoristas.

Ao lançar seu programa de governo na avenida Paulista, defendeu, entre outras propostas, uma "descentralização radical" da administração municipal, dando mais autonomia às subprefeituras paulistanas.

LEVY FIDELIX (PRTB)

Candidato a prefeito em São Paulo pela primeira vez em 1996, Levy Fidelix já disputou o cargo outras duas vezes desde então. Também já buscou, nunca com sucesso, ser eleito vice-prefeito (em chapa com Fernando Collor, em 2000), governador e presidente.

Tornou-se emblemático pela defesa do "aerotrem", um veículo leve sobre trilhos. Em 2014, na campanha à Presidência, ficou marcado por se dizer contra o casamento gay, porque "aparelho excretor não reproduz". Chegou a ser condenado a pagar R$ 1 milhão pela declaração.

Neste ano, se opôs à gestão Haddad (PT). Propôs a criação de um banco municipal e se disse contra a "indústria da multa". Tem 1% no Datafolha.

JOÃO BICO (PSDC)

Empresário do ramo da iluminação pública, João Bico (PSDC) planeja resolver a falta de vagas em creches, um dos principais e mais discutidos problemas da cidade de São Paulo, fazendo um convênio com as Forças Armadas.

"A única obra que ficou pronta no PAC em São Paulo para a Copa do Mundo foi a do aeroporto de Guarulhos, feita pelo Exército", disse, em entrevista à Folha.

Bico, que concorre pela primeira vez à Prefeitura de São Paulo, também promete acabar com a cracolândia com ajuda da iniciativa privada –sua ideia é fazer parcerias com empresas para dar emprego aos viciados, tirando-os da rua. Ele tem menos de 1% no último Datafolha.

HENRIQUE ÁREAS (PCO)

Candidato do Partido da Causa Operária (PCO) à Prefeitura de São Paulo, Henrique Áreas, 31, concorre pela primeira vez em um processo eleitoral.

Em entrevista à Folha, ele defendeu o armamento da população e a formação de milícias populares para substituir a PM. Também é a favor do não pagamento das dívidas interna e externa da cidade.

O programa nacional de seu partido defende um salário mínimo de R$ 4.000 no país, o que, segundo Áreas, garantiria condições básicas para os trabalhador viverem.

Nascido em Ribeirão Preto (SP), é formado em Ciências Sociais pela Unicamp e já foi diretor da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios.

ALTINO (PSTU)

Candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSTU, Altino de Melo Prazeres Júnior é presidente do sindicato dos metroviários e tem como uma de suas propostas acabar com as tarifas no transporte público.

Para ele, a medida seria possível se a cidade estatizasse o serviço e deixasse de pagar sua dívida com a União, que, segundo diz, só existe para beneficiar banqueiros.

"É como um Robin Hood ao contrário: você tira da cidade de São Paulo, que é rica, e dá para os banqueiros, que são ainda mais ricos", diz.

Altino, que tem menos de 1% das intenções de voto no Datafolha, defende ainda delegar a conselhos populares a decisão de como investir o orçamento municipal.

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