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De olho em 2018, Alckmin e Doria defendem prévias no PSDB

Diego Padgurschi/Folhapress
O candidato a prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) vota no colegio St. Paul, nos Jardins
O candidato a prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) vota no colegio St. Paul, nos Jardins

O candidato à prefeitura de São Paulo João Doria (PSDB) e o governador do Estado Geraldo Alckmin (PSDB) defenderam a realização de prévias para a escolha dos candidatos do partido, após votarem na capital na manhã deste domingo (2).

O discurso está alinhado com o projeto político do governador de buscar a candidatura à presidência da República em 2018, evitando assim que a escolha seja feita apenas pelos caciques da legenda.

Alckmin acompanhou Doria no momento do voto do candidato, pouco depois das 9h, em uma escola no Jardim Paulistano, na zona oeste. Depois o empresário seguiu o governador até um colégio no Jardim Colombo, na zona sul, onde Alckmin votou.

Após ir à urna, Doria afirmou que "as prévias são uma demostração clara de valor da democracia, por permitir a alguém que não era da política disputar e vencer prévias e disputar a eleição com boas chances de vencer".

Doria preferiu não comentar sobre eventuais alianças para a disputa do segundo turno das eleições municipais.

Ao lado do candidato, Alckmin também enfatizou as prévias tucanas que levaram à indicação do empresário para a disputa paulistana. "O João [Doria] começou bem, porque começou com democracia dentro de casa. Tem que dar exemplo, através das prévias."

Indagado se o processo de votação entre filiados para a definição da candidatura para 2018 não poderia acirrar as disputas internas, a exemplo do que ocorreu no pleito municipal, Alckmin disse que a escolha partidária não deve ser feita por um grupo pequeno de pessoas.

"Precisamos exercitar a escolha interna. A prévia não divide, ela escolhe. Você pode escolher em um grupo pequeno ou pode ampliar a escolha. Nós sempre defendemos ampliar a escolha. Foram mais de 20 mil filiados. Quando você ouve mais erra menos", disse.

Alckmin afirmou que a eleição do presidente dos Estados Unidos Barack Obama mostrou a importância das prévias para que "novas lideranças" não sejam prejudicadas nos processos internos dos partidos.

"O Obama, só teria nos Estados Unidos. Não fosse a primária... Ele não era do establishment, não teria a menor possibilidade."

Ao ser questionado sobre o fato de Doria ter dito que trabalharia para eleger Alckmin presidente em 2018, o governador evitou falar sobre o assunto.

"Sou candidatíssimo a presidente... do Santos Futebol Clube", afirmou.

O governador também negou que tenha havido loteamento de cargos na administração estadual com o objetivo de obter apoios à candidatura de Doria. O tema está sob apuração do Ministério Público.

"Na realidade, [o governo] é tão democrático que os nossos opositores participam do governo", disse.

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